Após queda, dólar volta a subir e termina o dia a R$ 4,88

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2020 18h20 - Atualizado em 09/06/2020 18h22
CRIS FAGA/ESTADÃO CONTEÚDO Câmbio reage negativamente com investidores aguardando posição do Fed e depoimento de Pazuello na CPI da Covid-19 Moeda americana subiu de forma generalizada nos países emergentes

O dólar voltou a subir nesta terça-feira (9), após registrar um dos maiores recuos nesta segunda desde a máxima histórica de 14 de maio, quando bateu R$ 5,97. Segundo profissionais da mesa de câmbio, a valorização de hoje foi um movimento esperado de ajuste, enquanto os investidores aguardam o final da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que termina na tarde desta quarta.

A moeda americana subiu de forma generalizada nos países emergentes. No mercado doméstico, o dólar terminou o dia em alta de 0,70%, a R$ 4,8883 no segmento à vista. Na máxima do dia, a moeda chegou a bater em R$ 4,93. No mercado futuro, o dólar para julho era negociado com valorização de 1,58%, a R$ 4,9045 às 17h30.

“Hoje foi basicamente um movimento de realização”, avalia o gerente de tesouraria do Travelex Bank, Felipe Pellegrini. Ele ressalta que, com o Ibovespa subindo sete pregões consecutivos e o dólar caindo 19% desde o dia 14 de maio, era natural um ajuste. A perspectiva de recuperação mais rápida das economias, em V, ajudou a estimular a busca por ativos de risco nos últimos dias, acrescenta.

De acordo com Pellegrini, persiste esta perspectiva de recuperação em V, mas o dólar ainda pode ter novos ajustes. O nível de resistência para cima é de R$ 5,00, que se ultrapassado pode levar a moeda americana a R$ 5,07. Para o executivo, dependendo do que vier de notícias nos próximos dias, a moeda pode testar esses níveis para cima e depois voltar para abaixo de R$ 5,00.

Sobre a reunião do Fed que começou na tarde desta terça-feira, os economistas do Deutsche Bank em Nova York destacam que aumentou o interesse pelo desfecho do encontro e as declarações do presidente Jerome Powell após a surpresa com os dados do mercado de trabalho americano na última sexta-feira. Eles esperam o anúncio de um novo programa de compra de ativos, na casa dos US$ 65 bilhões a US$ 85 bilhões por mês, e a sinalização de que os juros serão mantidos baixos por longo período.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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