Dyogo: Brasil superou forte recessão, com impacto no bem-estar da população
O Ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, admitiu nesta segunda-feira, 20, que a recessão dos últimos anos afetou o bem-estar da população, mas avaliou que, com o retorno do crescimento econômico, o governo poderá atuar mais no fomento ao desenvolvimento e na redução da desigualdade social.
“Como é de conhecimento de todos, o Brasil superou um forte processo de recessão econômica, com impactos significativos na produção, no consumo, no mercado de trabalho e, consequentemente, no bem-estar da população”, afirmou, durante abertura do seminário “Cooperação Triangular e Sul-Sul: Impulsionando Inovações do Sul Global para Apoio à Transformação Rural”, organizado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).
O ministro destacou a adoção de medidas estruturais pelo governo, como o Teto de Gastos e a Reforma Trabalhista. Segundo ele, graças a essas ações, e à reestruturação e modernização do setor público, já seria possível vislumbrar uma perspectiva positiva para a economia brasileira nos próximos anos.
Dyogo ressaltou que as projeções de mercado apontam para um crescimento de 0,7% do PIB neste ano e em torno de 2,5% em 2018. O ministro lembrou ainda que a inflação no Brasil está sob controle e a taxa Selic está em um patamar historicamente baixo.
“A retomada da economia dá condições ao governo de voltar a atuar, de forma mais vigorosa, como indutor no processo de desenvolvimento e de diminuição das assimetrias sociais”, completou.
O ministro ainda citou a experiência do Brasil em políticas voltadas à superação da pobreza, e destacou especialmente o Bolsa Família que, segundo ele, tem grande potencial de replicabilidade em países de renda média com segmentos da população em condição de vulnerabilidade financeira.
BNDES
Dyogo Oliveira evitou comentários sobre a provável mudança na presidência do BNDES, hoje ocupada por Paulo Rabello de Castro, já declarado pré-candidato à presidência da República pelo PSC. “Não há nenhuma mudança definida no BNDES. Não tenho nenhum comentário a esse respeito”, esquivou-se Dyogo após participação no seminário “Cooperação Triangular e Sul-Sul: Impulsionando Inovações do Sul Global para Apoio à Transformação Rural”, organizado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).
Durante apresentação no evento, o ministro citou projeções do mercado que apontam para o crescimento do PIB de 0,7% este ano e 2,5% em 2018. Questionado porque a equipe econômica não incorporou essas projeções nos seus mais recentes documentos sobre o orçamento deste e do próximo ano, o ministro respondeu que o governo continua apresentando estimativas conservadoras e que essa prática tem dado credibilidade e transparência a execução fiscal do País.
No relatório de avaliação de receitas e despesas do 5º bimestre publicado na última sexta-feira, o Planejamento manteve a estimativa de alta do PIB de 0,5% em 2017. “Achamos que não era o momento de revisar a projeção do PIB para este ano”, reiterou.
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