Em Buenos Aires, Meirelles e ministros de 13 países discutem crise na Venezuela

  • Por Agência Brasil
  • 19/03/2018 15h45
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirma que há 40 mil imigrantes venezuelanos no estado brasileiro de Roraima

Os ministros da Fazenda do Brasil, Henrique Meirelles, e de outros treze países se reuniram nesta segunda-feira (19) em Buenos Aires. O assunto foi a dívida externa da Venezuela e a criação de um fundo multilateral para atender aos milhares de venezuelanos, que estão cruzando a fronteira para fugir da grave crise econômica, politica e humanitária no país. Segundo Meirelles, a proposta será levada à reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) em abril.

“O dinheiro (do fundo) seria para assistência, acomodação e direcionamento desses refugiados fora da Venezuela”, disse Meirelles, em entrevista após o encontro. Ele lembrou que já existem 300 mil venezuelanos na Colômbia e 40 mil no estado brasileiro de Roraima, entrando pela região da mata da Amazônia.

O encontro para tratar da Venezuela foi paralelo às reuniões de ministros da Fazenda e presidentes dos bancos Centrais do G20 – grupo das vinte maiores economias do mundo –, que representa 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e que este ano é presidido pela Argentina. Além do Brasil, participaram do encontro representantes da Alemanha, do Canadá, Chile, da Colômbia, Espanha, dos EUA, da França, do Japão, da Itália, do México, Peru, Paraguai e Reino Unido.

Além da proposta de criação de um fundo, foi discutida também a dívida que a Venezuela tem com alguns países – entre eles o Brasil. “O governo brasileiro optou por cobrar o pagamento da dívida, de US$ 1,3 bilhão, e os venezuelanos já pagaram o que venceu”, explicou. Outros credores, no entanto, que apoiam o regime do presidente venezuelano Nicolás Maduro – como Rússia e China – ofereceram uma moratória por alguns anos. “Nós não temos uma politica de financiar e apoiar (o governo de Maduro)”, disse.

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