Em semana de Copom, taxas futuras de juros têm viés de alta
Os juros futuros acompanham o dólar e oscilavam nesta segunda-feira, 23, com viés de alta. A moeda norte-americana desacelerou o ganho intraday, em meio a sinais de ingressos de fluxo cambial.
A liquidez é limitada porque os investidores estão em compasso de espera pela forte agenda da semana. A decisão de política monetária do Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira, é o evento de destaque para o mercado de juros.
Para o encontro, cuja reunião de dois dias começa na terça, de 78 estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, apenas duas vão em outra direção, sendo uma de recuo mais intenso, de 1 ponto, e outra de menor intensidade, de 0,50 ponto porcentual. Ou seja, a maioria espera corte de 0,75 pp da Selic, para 7,5% ao ano.
Os investidores aguardam também o desfecho da reunião do Banco Central Europeu (quinta-feira) e o resultado do Produto Interno Bruto dos Estados Unidos do terceiro trimestre (sexta-feira).
Aqui, na quarta-feira, também acontecerá a votação da segunda denúncia criminal contra o presidente Michel Temer, no plenário da Câmara, além do anúncio da bandeira tarifária de novembro pela Aneel, que poderá pressionar mais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Nesta segunda, na Pesquisa Focus, os economistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para o IPCA em 2017, de 3,00% para 3,06%. Já a projeção para o índice de 2018 permaneceu em 4,02%.
Sob a influência do recuo do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) em agosto, o mercado financeiro elevou levemente sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 de 0,72% para 0,73%. Para 2018, o mercado manteve a previsão de alta do PIB, de 2,50%.
Às 9h50, o DI para janeiro de 2019 estava em 7,26%, de 7,24% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2020 estava a 8,19%, de 8,20% do ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021, a 8,88%, de 8,87% no último ajuste. No câmbio, o dólar à vista subia 0,08%, aos R$ 3,1924. O dólar futuro de novembro passou a cair, aos R$ 3,1955 (-0,05%).
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