EUA vinculam flexibilização das sanções à Venezuela ao fornecimento direto de petróleo

Os governos dos dois países já se encontraram na semana passada para dar início as primeiras conversas bilaterais que ocorrem entre eles em anos

  • Por Jovem Pan
  • 10/03/2022 07h10 - Atualizado em 10/03/2022 07h12
EFE/EPA/YURI GRIPAS / POOL world rights Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden Joe Biden, presidente dos EUA, proibiu na última terça-feira, 8, as importações americanas de petróleo da Rússia em retaliação à invasão da Ucrânia; situação demanda acordos com outros países produtores de petróleo

Os Estados Unidos exigem que a Venezuela forneça pelo menos uma parte das exportações de petróleo diretamente para eles como parte de qualquer acordo que possa ser firmado entre os países para aliviar as sanções comerciais existentes no momento. A informação foi confirmada por duas pessoas próximas ao assunto à agência de notícias Reuters. As autoridades dos EUA deixaram claro que sua prioridade era garantir suprimentos primeiro para o país neste momento e, depois, para o restante do mundo.

O presidente dos EUA, Joe Biden, proibiu na última terça-feira, 8, as importações americanas de petróleo da Rússia em retaliação à invasão da Ucrânia, aumentando a pressão econômica. Diante do novo quadro global, os americanos buscam encontrar soluções para um possível desabastecimento energético no mundo e também para controlar e reduzir a alta da commodity, que tem na Rússia o seu terceiro maior produtor. Entre as soluções possíveis, destacam-se ideias de parcerias com a Venezuela e o Irã, também grandes produtores de petróleo, mas que estão sob sanções dos Estados Unidos há anos.

Após anos, autoridades dos EUA se encontraram com o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas na semana passada para as primeiras conversas bilaterais. Mesmo após o encontro, os americanos afirmam não reconhecer Maduro como presidente, mas sim o seu opositor Juan Guaidó. A Venezuela está sob sanções dos EUA desde 2019 e pode redirecionar o petróleo se essas restrições forem suspensas. O país membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) afirmou que produzirá dois milhões de barris de petróleo por dia em 2022.

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