Fiesp: 63,5% da indústria de SP planeja manter postos de trabalho estáveis

  • Por Estadão Conteúdo
  • 27/02/2018 13h38
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Marcos Santos/USP Imagens Marcos Santos/USP Imagens A pesquisa foi feita por e-mail com 509 empresas da indústria de transformação do Estado entre os dias 11 e 26 de janeiro
Pesquisa divulgada nesta terça-feira, 27, pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) mostra que a maioria (63,5%) dos empresários da indústria paulista pretende manter neste ano seus quadros de funcionários estáveis – ou seja, sem abrir nem fechar vagas de trabalho – porque, entre outros motivos, ainda não percebem uma retomada da produção.

A notícia positiva, por outro lado, é que a parcela das empresas com plano de contratar em 2018, de 24,4%, é maior do que os 16,5% que abriram vagas em 2017, enquanto uma minoria dos entrevistados (10%) manifestou a intenção de cortar postos de trabalho em suas fábricas.

A pesquisa foi feita por e-mail com 509 empresas da indústria de transformação do Estado entre os dias 11 e 26 de janeiro.

Entre as empresas que não pretendem abrir vagas, mais da metade (52,8%) disse que, mesmo num cenário de aceleração econômica, não precisará aumentar muito o quadro de empregados por ainda trabalhar, em sua maioria, com excedente de mão de obra. Outras também responderam que investiram ou pretendem investir em melhora de processo produtivo, reduzindo a necessidade de mão de obra, e 19,3% delas manifestaram o plano de terceirizar atividades de suas empresas.

Já 44,4% dos empresários industriais entrevistados dizem que, se a recuperação econômica ganhar força neste ano, precisarão de mais empregados, já que estão com o quadro enxuto.

No grupo de empresas com plano de contratação, a segurança jurídica, em razão da reforma trabalhista, foi citada por 8,9% dos entrevistados como justificativa para abertura de vagas.

Em 2017, a segurança jurídica justificou contratações em apenas 1,2% das empresas.

Entre as empresas que pretendem cortar vagas, 9,8% dizem que precisam de menos mão de obra por conta do aumento da produtividade obtido após investimentos em automação e melhora do processo produtivo. No ano passado, as empresas demitiram, principalmente, devido a fechamento de turnos de trabalho.

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