FMI eleva previsão de crescimento econômico no Brasil para 2,3%

A organização espera que o crescimento ‘se recupere até 2,5%’ devido à política monetária e a implementação da reforma tributária ‘para melhorar a eficiência e acelerar a produção de hidrocarbonetos’

  • Por Jovem Pan
  • 17/07/2025 20h49
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EFE/EPA/ANNABELLE GORDON Fundo Monetário Internacional (FMI) O FMI elogiou a rigidez da política monetária em setembro de 2024

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou, nesta quinta-feira (17), sua previsão de crescimento econômico para o Brasil a 2,3% neste ano e espera que a inflação atinja 5,2% até o final de 2025. A melhora na previsão é uma boa notícia para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dias após os Estados Unidos ameaçarem o país com tarifas de 50% sobre seus produtos a partir de 1º de agosto.

“A economia brasileira cresceu com força nos últimos três anos, surpreendendo positivamente”, afirmou o conselho executivo do FMI em um comunicado, validando a avaliação periódica dos países-membros pela equipe do Fundo, conhecida como Artigo IV. “O crescimento deve diminuir de 3,4% em 2024 para 2,3% em 2025, em meio a condições monetárias e financeiras restritivas, apoio fiscal reduzido e maior incerteza política global”, afirmou.

Em sua última atualização de previsão, em abril passado, a organização financeira internacional havia previsto um crescimento de 2%. A médio prazo, o FMI espera que o crescimento “se recupere até 2,5%” devido à política monetária e a outros fatores, como a implementação da reforma tributária “para melhorar a eficiência e acelerar a produção de hidrocarbonetos”. A inflação ficará em 5,2% ao final do ano, segundo o Fundo, e então cairá “gradualmente em direção à meta de 3% até o final de 2027”.

O FMI elogiou a rigidez da política monetária em setembro de 2024. “Foi apropriado e consistente com o peso da inflação e das expectativas de retorno da inflação à meta de 3%”, afirma. “As autoridades estão progredindo em sua agenda de crescimento sustentável e inclusivo”, afirma o comunicado. Os diretores também elogiaram “a redução do desemprego e da pobreza nos últimos anos”, além do “progresso nas reformas estruturais”.

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O FMI aponta riscos negativos “como o recente aumento da incerteza política global e a escalada das tensões comerciais”, em meio à ofensiva tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra seus parceiros.

*Com informações da AFP

Publicado por Nátaly Tenório 

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