Força e otimismo do produtor rural vencem a pandemia

Mato Grosso, o maior Estado produtor de soja, cresceu a 4,5% ao ano na última década, mesmo no ano da pandemia – o que mostra a necessidade da agricultura no mundo, segundo Fernando Cadore, presidente da Aprosoja-MT

  • Por Conteúdo Patrocinado
  • 22/02/2022 17h39
Yasuyoshi Chiba/AFP/27.mar.2012 Soja plantada em Mato Grosso Soja pronta para ser colhida em Campo Novo do Parecis, em Mato Grosso

A indiscutível importância da soja para o Brasil se manifesta, entre outros episódios, em cenários de adversidade como os impostos pela pandemia, que desacelerou o mundo nos últimos dois anos. Desafiados, os produtores rurais mostraram a força da agricultura brasileira e mantiveram o ritmo de produção. Em Mato Grosso, maior produtor de soja do país, a situação não foi diferente. “O Estado cresceu a 4,5% ao ano, praticamente a ritmo chinês, na última década, mesmo no ano da pandemia. Isso mostra a força e a necessidade da agricultura no mundo e a importância não só do Mato Grosso, mas de todos os Estados produtores para a economia desse país”, analisa Fernando Cadore, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso. A Aprosoja-MT, aliás, teve papel decisivo para esse bom desempenho, tomando medidas para que os produtores pudessem enfrentar o coronavírus e continuar com o período próspero para a soja brasileira.

“A associação representa praticamente todos os produtores de soja e de milho do Estado e existem campanhas como Agro Solidário, onde é distribuído bebidas de soja para instituições de caridade, creches, asilos, escolas, aldeias indígenas, bem como vários projetos desenvolvidos pelo produtor de soja no Estado de Mato Grosso”, conta Cadore, que vê os aspectos econômicos e sociais relacionados e com responsabilidades divididas entre a iniciativa privada e o poder público. “Além de movimentar a economia, a maior tradução de resultados são os impostos que vêm e que o governo deve transformar em desenvolvimento de saúde, educação e infraestrutura”, analisa. Cuidar das famílias que mantêm o agronegócio forte é fundamental, como a experiência da Aprosoja-MT mostra. O esforço para reduzir os efeitos da pandemia valeu a pena e, mesmo enfrentando desafios externos às questões de saúde em algumas regiões, a cultura de soja registra números importantes para o Brasil, e o Mato Grosso puxa essa conquista, responsável por colher mais de 39 milhões de toneladas na safra 2021/2022 — crescimento de quase 6% na comparação com a última safra —, o que representa mais de um quarto da produção de soja de todo o Brasil.

E essa produção deixou a região Centro-Oeste em uma posição confortável e de destaque, sob a perspectiva econômica, se comparada com a região Sudeste que sofreu com a crise nos setores industriais, e a região Nordeste que teve prejuízos com a paralisação do turismo. Mato Grosso foi capaz de gerar superávit, evitando os impactos da pandemia. Isso se deve pelos bons números do agronegócio, principalmente na produção de alimentos. O que chama a atenção, junto com esse crescimento, é o emprego de tecnologia e a modernização do campo, fazendo com que a região, por meio da produção de alimentos, se torne uma das mais competitivas da economia brasileira. “A planta não para de se desenvolver, o animal não para de se alimentar, então não tem como parar a agricultura, parar a pecuária. Então, a importância do homem ter continuado no campo, não só na produção de soja, mas de todas as plantas e de todas as criações que existem para alimentar a população mundial, foi vital, e essa valorização tem de acontecer por parte de nós como cidadãos e, principalmente, o cidadão brasileiro tem de se orgulhar do país dele. O Brasil foi de vital importância para o resto do mundo na pandemia para manter as pessoas alimentadas”, afirma Fernando Cadore.

Mesmo com todas as adversidades, em números nacionais de exportação, espera-se enviar para fora do país mais de 87 milhões de toneladas de soja, sendo que o Mato Grosso, é responsável por 25% desse montante. Parte disso se deve à modernização e ao emprego de tecnologia. Com isso, fica cada vez mais fácil plantar e os resultados são cada vez melhores. Alexandre Nepomuceno, diretor geral da Embrapa, explica essa evolução: “A média produtiva há 40 anos era em torno de 1.000 kg por hectare e hoje ela está em torno de 3.500 kg por hectare — 3,5 toneladas. Isso é reflexo da alta tecnologia. Nós aumentamos mais de 600% a produção de soja, e a área aumentou em torno de 26 vezes. O Brasil é o único país que consegue aumentar sua área de produção de soja sem invadir áreas de preservação. O Brasil tem o potencial de aumentar em 10 milhões de hectares a área de produção de soja.”

Essa produção massiva pode ser vista em muitos lugares do Brasil, e um dos mais evidentes é o porto de Santos, maior complexo portuário da América Latina. Para Bruno Stupello, diretor de desenvolvimento de negócios e regulação da Santos Port Authority (SPA), ”dentro dessa gama de produtos do agronegócio, temos aqui o complexo da soja. No acumulado de 2021, o porto de Santos ultrapassou os 29 milhões de toneladas movimentadas e exportadas no complexo soja que engloba soja e farelo de soja. Isso representa aproximadamente 31% do volume exportado. Então, no complexo soja, estão produtos muito relevantes na movimentação total do porto de Santos.” É muita soja brasileira e mato-grossense. Para se ter uma ideia, em todo o mundo, durante a safra 2020/2021, foram produzidas mais de 362 milhões de toneladas do grão. Deste número, mais de 135 milhões foram produzidas em solo brasileiro. Os Estados Unidos, segundo maior produtor mundial de soja, produziram pouco mais de 112 milhões de toneladas — 23 milhões a menos que o Brasil. Os números superiores e tão positivos do país fazem o produtor acreditar cada vez mais na produção da soja.

“A agricultura foi um dos setores que mais evoluiu. Não só no Brasil, mas no mundo todo. Colheitadeiras, GPS, internet. A evolução foi muito rápida, e nós, graças a Deus, conseguimos ter um estudo e uma faculdade para acompanhar essa evolução”, celebra o produtor rural Jorge Diego. “Estamos num mundo que tem mais de 7 bilhões de pessoas e são poucos os lugares que têm condições de produzir tantos alimentos como o Brasil, ainda mais de forma sustentável. O agricultor brasileiro é um dos grandes responsáveis pela alimentação da população mundial. Isso é um serviço social que não tem como dar valor suficiente.” Para conhecer mais sobre o melhor alimento do mundo, assista à websérie Raio-X da Soja, disponível no canal Jovem Pan News no YouTube e também no Panflix.

Confira abaixo o segundo capítulo da websérie Raio-X da Soja:

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.