Gleisi Hoffmann reclama do ritmo de cortes na taxa de juros mesmo com redução de dois pontos percentuais em um ano

Deputada criticou a condução da política monetária por parte do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, citando dados positivos da economia durante o primeiro ano do mandato de Lula 

  • Por Jovem Pan
  • 13/12/2023 19h04 - Atualizado em 13/12/2023 19h04
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann Gleisi Hoffmann afirmou que ninguém prejudicou mais o Brasil este ano do que Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central 

Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central promover uma nova redução na taxa básica de juros, a deputada federal Gleisi Hoffmann se mostrou descontente com o ritmo de cortes adotado pela autoridade monetária. Nesta quarta-feira, 13, a Selic foi reduzida para 11,75% ao ano. Contudo, a presidente do Partido dos Trabalhadores afirmou que a o órgão segue impondo as taxas mais altas do país. “Banco Central de Roberto Campos Neto termina o ano como começou: impondo ao país as maiores taxas de juros do planeta, atrasando a retomada do crédito, do investimento e do crescimento do país. Nada justifica que o Copom tenha demorado tanto para começar a reduzir os juros e que o faça num ritmo de conta-gotas, como foi decidido hoje. Neste primeiro ano de governo do presidente Lula, a renda e o emprego aumentaram, a inflação e o preço dos alimentos caíram e o PIB cresceu 3%. Tudo ao contrário do que o BC dizia para justificar suas decisões contra o país. Ninguém prejudicou mais o Brasil este ano do que Roberto Campos Neto”, escreveu a deputada. Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu seu mandato a taxa de juros era de 13,75%. Em um ano, o Banco Central reduziu a Selic em 2 pontos percentuais. Contudo, de dezembro de 2021 a dezembro de 2022, os juros subiram 4,50 pontos percentuais.

No comunicado divulgado nesta quarta-feira, 13, os membros do Copom anteciparam que devem promover uma redução na mesma amplitude nas próximas reuniões, de 0,50 ponto percentual, caso as previsões sigam o esperado. A condução da política monetária por parte do Banco Central e seu presidente, Roberto Campos Neto, foi alvo de diversas críticas durante o primeiro ano de mandato do governo Lula. Vários representantes do Executivo criticaram a condução do órgão e as decisões do próprio presidente em uma tentativa de pressionar uma redução mais rápida nos juros.

 

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