Governo anuncia aumento da meta fiscal para R$ 159 bilhões em 2017 e 2018
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou nesta terça-feira (15) o aumento do rombo na meta fiscal de 2017 e 2018. O déficit previsto para o atual ano, que era de R$ 139 bilhões, foi para $159 bilhões. Para 2018, o aumento do rombo foi maior: de R$ 129 bilhões para R$ 159 bilhões.
Segundo Meirelles, houve uma queda substancial na receita, que gerou uma consequente mudança na previsão para este e o próximo ano. Apesar deste anúncio, o ministro “amenizou” a informação com a afirmação de que a inflação está caindo sistematicamente. “Excelente notícia para o País”, disse.
Mas Meirelles afirma que, mesmo sendo uma boa notícia, a baixa da inflação gera um efeito importante que é a alteração na expectativa de arrecadação que era esperada há um ano, quando foi definida a meta. De acordo com ele, o valor deve ser de R$ 19 bilhões abaixo do aguardado.
Com isso, o governo Michel Temer luta para manter as contas deficitárias dentro da meta e resgatar a confiança do mercado. É uma tentativa também de evitar o uso de pedaladas fiscais, motivo oficial do impeachment de Dilma Rousseff, ou outras artimanhas contábeis para fechar os números do governo.
Mais cortes?
O governo busca ainda aliviar os gastos não obrigatórios e mais cortes devem atingir áreas sociais e serviços básicos. Programas como Bolsa Família e Fies tiveram corte nos repasses, tais quais órgãos estatais como a Polícia Federal, que deixou de emitir passaporte por um período por falta de recursos.
Veja nos comentários de Vera Magalhães e Denise Campos de Toledo:
Mais impostos?
Apesar do aumento no rombo nas contas, o Governo ainda tem de arrumar outras medidas para elevar as receitas no próximo ano. Uma delas deverá ser o aumento de impostos. A má notícia para o Palácio do Planalto é que essa ideia não é bem vista pelo Congresso, já na expectativa eleitoral.
Os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira, respectivamente, já deixaram bem claro que dificilmente o Congresso aprovará o aumento de impostos ou a criação de novos tributos neste ano. Eles se reuniram com o presidente Temer e o ministro da fazenda Henrique Meirelles no último domingo (13). Meirelles, que defende o aumento de impostos, discutiu com Eunício sobre a possibilidade de se adotar a medida.
O ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman comentou no Jornal da Manhã sobre a “escolha de Sofia” que tem que fazer o governo Temer, entre aumentar impostos e cortar gastos:
A comentarista Joice Hasselmann também abordou o assunto na última segunda-feira:
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