Guedes afirma que ‘inferno da inflação já passou’ e que deve continuar como ministro se Bolsonaro se reeleger
Mercado prevê inflação acima da meta estabelecida em 2022; titular da economia aposta em mais privatizações em eventual segundo mandato
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta, 19, que o Brasil “já saiu do inferno da inflação“, fenômeno que considera atingir diversos países, e que deve continuar no cargo se o presidente Jair Bolsonaro (PL) for reeleito nas eleições de 2022. “Está faltando manteiga na Holanda, tem gente brigando na fila da gasolina no interior da Inglaterra, que teve a maior inflação dos últimos 40 anos e vai ter dois dígitos já já. Eles estão indo para o inferno. Nós já saímos do inferno, conhecemos o caminho e sabemos como se sai rápido do fundo do poço”, declarou Guedes em evento da Arko Advive e da Traders Club. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) fechou em 12,13% no somatório de doze meses até abril; apenas no mês, a subida foi de 1,06%, a maior para abril desde 1996.
Sobre a continuidade no governo, Guedes apostou que deve permanecer se Bolsonaro for reeleito em outubro, e que prosseguirá com as reformas de tom liberal que tem tentando implantar. “Se essa coalizão seguir, é natural que eu ajude, que eu apoie, que eu esteja lá. Em um aliança de liberais conservadores, vão apoiar, vão acelerar privatizações, vamos zerar o IPI, vamos aprofundar o choque de energia barata. Se essa for a música, vou correndo atrás. Se a música mudar, estou velhinho, estou cansado, não consigo tirar férias. Mas parece que a banda está tocando bem”, declarou o ministro. Até agora, a principal privatização do governo Bolsonaro é a da Eletrobras, que recebeu sinal verde do Tribunal de Contas da União na quarta, 18, para ser realizada.
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