Guedes exalta previsão de alta do PIB e diz que crise no exterior ‘será mais aguda do que esperam’

Ministério da Economia apresentou dados e perspectivas de crescimento da economia em 2022 e 2023, citando queda do desemprego e bons resultados no comércio internacional

  • Por Jovem Pan
  • 14/07/2022 11h28 - Atualizado em 14/07/2022 11h34
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EDU ANDRADE/Ascom/ME Paulo Guedes Ministro participou de coletiva nesta quinta-feira, 14,para apresentar revisão de crescimento da economia brasileira

O ministro da Economia Paulo Guedes afirmou que o Brasil deverá registrar crescimento econômico e analisou a situação dos Estados Unidos e da Europa, projetando uma crise maior do que a esperada. As declarações foram dadas durante uma coletiva da pasta realizada na manhã desta quinta-feira, 14, na qual foram apresentadas as novas previsões do Produto Interno Bruto (PIB) e do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação – para 2022 e 2023. No evento, o Ministério afirmou que o PIB deverá apresentar um resultado melhor do que o esperado e revisou a previsão de crescimento em 2022 de 1,5% para 2%. Já para 2023, a previsão de crescimento foi mantida em 2,5%. O IPCA para 2022 teve uma revisão positiva também, mostrando queda de 7,9% pra 7,2%, motivada pelos resultados recentes. Para 2023, a previsão foi de um crescimento e 4,5%.

Antes de apresentar os resultados, Guedes fez algumas observações sobre as revisões e sobre o cenário econômico mundial, dizendo que acertou suas previsões sobre a crise que tingiria os países. “Como eu havia previsto, a inflação está subindo no mundo inteiro, Eles estão tendo que rever o crescimento deles para baixo, como eu disse a eles em Davos e nas reuniões do G20. Eles iam passar o ano revendo para baixo e nós íamos passar o ano revendo para cima. Está se confirmando a nossa expectativa. Hoje está bastante claro que a crise lá fora será bem mais aguda do que eles esperaram”, disse Guedes.

O ministro também afirmou que outros países já estão fazendo revisões de crescimento para baixo, que a inflação segue aumentando fora do Brasil e que nações como os Estados Unidos já estão até falando em recessão econômica em 2022. “Quando falavam dos problemas do Brasil, falava para não subestimarem o desempenho da democracia brasileira. Nós seguimos com crescimento. Estamos revendo de 1,5% para 2% o nosso crescimento econômico esse ano e já se fala abertamente em recessão nos Estados Unidos. As revisões estão sendo feitas para baixo e a inflação continua subindo, tanto na Europa quanto nos EUA”, afirmou.

Em outro momento, Guedes exaltou os resultados recentes da economia brasileira, citando a queda da taxa de desemprego formal e a criação de 300 mil vagas de trabalho no último mês. Além disso, também mencionou os bons resultados comerciais, citando recordes na exportação e acordos com outras nações.  “O mercado de trabalho continua forte. Pela primeira vez, 100 milhões de brasileiros encontraram oportunidade e emprego. A taxa de desemprego formal caiu de 14,9% para 9,8% e continua caindo. Geramos 300 mil empregos e no mês anterior havíamos gerado 200 mil empregos. A arrecadação segue quebrando recordes, vem bastante fortes. Nós seguimos com recordes de exportações, e importações, acordos internacionais sendo feitos”, concluiu o ministro.

O ministro também comentou a aprovação da PEC das Bondades na Câmara dos Deputados. O texto injeta R$ 41 bilhões pra ampliação e criação de novos programa sociais até o fim de 2022. Em sua fala, Guedes criticou os opositores e afirmou que a proposta não é “eleitoreira”. “Tem que escolher: se as pessoas estão passando fome e cozinhando a lenha, os programas de benefícios não são eleitoreiros. Se são, não tinha ninguém passando fome e cozinhando a lenha”, disse.

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