Paulo Guedes avalia criação de nova versão do Contrato Verde Amarelo

  • Por Jovem Pan
  • 21/05/2020 12h38 - Atualizado em 21/05/2020 12h39
Frederico Brasil/Estadão Conteúdo O ministro quer desonerar os encargos que as empresas pagam sobre a folha de pagamento

O Ministério da Economia prepara um novo modelo de flexibilização dos contratos de trabalho como resposta ao aumento no desemprego causado pela pela pandemia da Covid-19. O foco do novo programa, que será uma versão modificada e mais ampla do Contrato Verde Amarelo, é garantir novas contratações depois da reabertura da economia, reduzindo os índices de desemprego.

Para o economista Manoel Pires, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a  evidências apontam que a demanda por serviços não voltará para o mesmo nível antes da crise.”A saída da nossa crise vem com desemprego alto e informalidade elevada, um problema de antes da pandemia”, afirma. Para piorar, como as políticas de crédito não estão funcionando, muitas empresas vêm preferindo mandar embora seus funcionários.

Para o economista do Ibre, julho vai ser o pico do problema, porque a economia estará voltando à normalidade com peso maior e se terá uma ideia melhor do estrago que foi feito. A estimativa do economista é que o desemprego possa saltar dos atuais 12% para 20% em 2020.

A Medida Provisória 905, que criou o Programa Verde Amarelo focado em facilitar a contratação de jovens de 18 a 29 anos, perdeu a validade antes de ser aprovada pelo Congresso. Para o novo programa, chamado informalmente pelo ministro Paulo Guedes de “regime especial de combate ao desemprego em massa”, o objetivo é contratos mais simples, com menor interferência dos sindicatos, para trazer quem está recebendo o auxílio de R$ 600 para o mercado formal.

Para isso, o ministro quer desonerar os encargos que as empresas pagam sobre a folha de pagamento, proposta discutida desde a campanha eleitoral. A política de desoneração da folha de pagamento começou a ser adotada em 2011, durante o governo Dilma Rousseff. Desde então, a União já abriu mão de R$ 100 bilhões em arrecadação.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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