Guerra entre Israel e Hamas é mais uma ‘nuvem’ na economia mundial, diz FMI

Instituição está monitorando o impacto econômico do conflito, especialmente nos mercados energéticos, que registraram flutuações nos últimos dias

  • Por Jovem Pan
  • 12/10/2023 11h21
  • BlueSky
HAITHAM IMAD/EFE/EPA Uma casa destruída após um ataque aéreo israelense no campo de refugiados ocidental de Shati, oeste da Faixa de Gaza Casa destruída após um ataque aéreo israelense no campo de refugiados de Shati, oeste da Faixa de Gaza

As consequências do ataque sem precedentes do Hamas a Israel acrescentam “uma nova nuvem a um horizonte não muito ensolarado para a economia mundial”, afirmou a diretora-geral do FMI (Fundo Monetário Internacional), Kristalina Georgieva, durante uma entrevista coletiva nesta quinta-feira, 12, em Marrakech, no Marrocos. A instituição está monitorando o impacto econômico do conflito, especialmente nos mercados energéticos, que registraram flutuações nos últimos dias. Georgieva destacou ainda que é doloroso ver “pessoas inocentes morrerem” com ataques recíprocos. “Quem paga o preço? São os inocentes que pagam o preço”, lamentou, para em seguida pedir “orações pela paz”.

O FMI manteve sua previsão de crescimento em 3,0% para este ano, mas reduziu a de 2024, para 2,9%, advertindo que a economia está “mancando, não correndo”. Ainda assim, a escalada das tensões no Oriente Médio se soma às “graves perturbações” que a economia mundial já enfrenta e que estão se tornando “a nova norma, fragilizando ainda mais um mundo já debilitado pelo fraco crescimento e pela fragmentação de sua economia”, insistiu Georgieva. Ela também pediu aos países que “restabeleçam as regras orçamentárias para serem capazes de responder aos choques futuros e fazer os investimentos necessários”, depois de um período de repetidas perturbações, da pandemia da Covid-19 ao aumento da inflação e à guerra na Ucrânia, o que levou a “um período de aumento dos gastos públicos”.

Segundo Georgieva, a disciplina orçamentária deve ser retomada, porque “não temos o crescimento de que precisamos para nos recuperarmos do impacto dessas perturbações e oferecer as oportunidades que permitam melhorar a vida das pessoas”. Além disso, ante uma situação geopolítica e econômica tensa, o fundo precisa de “mais flexibilidade para melhor antecipar as perturbações e dar uma resposta rápida”, completou.

*Com informações da AFP e da EFE

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.