Haddad antecipa volta para Brasília para focar em agenda no Congresso

Em Washington para reuniões de Primavera do FMI, Haddad reforçou a preocupação com o futuro das medidas de aumento de receita enviadas ao Congresso, tidas como essenciais para fechar as contas

  • Por Jovem Pan
  • 18/04/2024 18h13 - Atualizado em 18/04/2024 18h14
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Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda Fernando Haddad Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divulgou recentemente metas fiscais menos ambiciosas para os próximos anos

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que está nos Estados Unidos, antecipará seu retorno ao Brasil. O voo de volta para Brasília está previsto para às 23 horas desta quinta-feira (18). Segundo a assessoria de imprensa da pasta, Haddad antecipou a chegada à Brasília para focar na agenda econômica e nas negociações com o Congresso, que envolvem projetos de interesse do governo. Haddad foi aos Estados Unidos para participar de reuniões de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington.

Durante o evento, Haddad conversou com jornalistas e reforçou a preocupação com o futuro das medidas de aumento de receita enviadas ao Congresso, tidas como essenciais para o governo fechar as contas, após divulgar metas fiscais menos ambiciosas para os próximos anos. Ele afirmou nesta quarta-feira (17) que algumas “dezenas de bilhões” estão em jogo neste momento. “Depende do que for aprovado, mas eu penso que nós vamos ter mais clareza do quadro mais para o meio do ano. Eu penso que nós vamos ter uma definição melhor”, disse.

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Ontem, o ministro da Fazenda reagiu, ainda, à divulgação do relatório Monitor Fiscal do FMI e afirmou que a piora das projeções fiscais do fundo para o Brasil está em linha com as alterações no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) para 2025, apresentado nesta semana, e que previu metas mais tímidas do governo para os próximos anos. Segundo o FMI, a estimativa é de que o Brasil tenha déficit primário de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e de 0,3% em 2025. As projeções são piores que as anteriores, que apontavam déficit primário de 0,2% do PIB em 2024 e superávit de 0,2% no ano seguinte.

O Fundo Monetário Internacional disse, ainda, que não considera possível que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregue superávit como foi prometido. Pelos cálculos da instituição, o país atingiria meta de déficit zero apenas em 2026, último ano da gestão petista. A partir de 2027, o Brasil voltaria para o azul, com superávit de 0,4% do PIB.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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