Haddad diz que não foi um hacker que quebrou a segurança do sistema do Tesouro Nacional

Segundo o Ministro da Fazenda, houve um problema de autenticação e alguém utilizou a senha de gestores de despesas para acessar o sistema e possivelmente desviar recursos federais; Polícia Federal apura o caso

  • Por da Redação
  • 22/04/2024 19h42 - Atualizado em 22/04/2024 19h49
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Toni Molina/Fotoarena/Estadão Conteúdo Fernando Haddad Fernando Haddad ressaltou que a Polícia Federal está investigando o caso para identificar os responsáveis pela utilização indevida das credenciais

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (22) que a invasão ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do Tesouro Nacional não foi resultado de um ataque externo de hackers ao sistema, mas um problema de autenticação. De acordo com ele, alguém utilizou o CPF e a senha de gestores de despesas para acessar o sistema e possivelmente desviar recursos federais. “Não foi um hacker que quebrou a segurança (do Siafi). Não foi isso. Foi um problema de autenticação. É isso que a Polícia Federal está apurando e está rastreando para chegar aos responsáveis”, esclareceu o ministro. “O sistema está preservado. Foi uma questão de autenticação. É alguém que tinha acesso”, disse.

Segundo Haddad, o governo ainda não sabe sobre valores supostamente desviados. O ministro ressaltou que a Polícia Federal está investigando o caso para identificar os responsáveis pela utilização indevida das credenciais. “Não tenho informação sobre valores. Isso estava sendo mantido em sigilo inclusive dos ministros. Estava entre o Tesouro (Nacional) e acho que a Polícia Federal. Eu soube no mesmo momento em que vocês”, disse.

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Em comunicado, o Tesouro Nacional confirmou que o sistema não foi invadido, mas sim que houve uma utilização indevida de credenciais obtidas de forma irregular. O órgão garantiu que as tentativas de operações indevidas foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema, destacando que estão sendo tomadas medidas adicionais para reforçar a segurança do sistema.

A suspeita é de que os criminosos conseguiram emitir ordens bancárias e desviar dinheiro público usando o login de terceiros no Portal Gov.br neste mês. No fim desta tarde, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) informou ter se juntado à Polícia Federal na investigação e estar acompanhando o caso “em colaboração com as autoridades competentes”.

Publicado por Carolina Ferreira

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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