Haddad negocia com bancos corte de juro do cartão de crédito rotativo: ‘Prejudica muito a população de baixa renda’

Ministro da Fazenda afirmou que um número significativo de brasileiros estão negativados por conta das altas taxas impostas pelas instituições bancárias

  • Por Jovem Pan
  • 17/04/2023 15h54
TOMZÉ FONSECA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Fernando Haddad O ministro da economia Fernando Haddad, durante reunião com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), realizada na cidade de São Paulo, SP, nesta terça-feira, 31 de janeiro de 2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), conversou com jornalistas nesta segunda-feira, 17, e afirmou que irá negociar com as instituições bancárias uma redução na taxa de juros cobrada nas operações que envolvem o cartão de crédito rotativo – linha mais cara praticada pelo mercado financeiro. Segundo o político, que terá uma reunião com representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) ainda nesta segunda, em Brasília, o modelo praticado pelo rotativo – valor que incide por aqueles que optam em não pagar o valor total da fatura na data do vencimento -, prejudica a população de baixa renda. “Uma boa parte do que pessoal que está no Serasa hoje é por conta do cartão de crédito. Não só, mas é também por cartão de crédito. E as pessoas não conseguem sair do rotativo. É preciso encontrar um caminho negociado como fizemos com a redução do consignado dos aposentados”, pontuou. Haddad também ressaltou que esta será uma das 14 medidas de um pacote que será apresentado pelo governo nas próximas semanas com o intuito de “destravar” o crédito. Segundo informações do Banco Central, a taxa média de juros cobrados pelos bancos no rotativo do cartão de crédito chegou a 417,4% ao ano no mês de fevereiro. Trata-se do maior nível desde agosto de 2017, quando o acumulado chegou a 428% ao ano.

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