IBGE aponta que brancos receberam 67% a mais por hora do que trabalhadores negros em 2023

Dados mostram que o rendimento-hora dos brancos foi de R$ 23,02, o que representa uma diferença de 67,7% em relação aos trabalhadores pretos ou pardos, que receberam R$ 13,73

  • Por da Redação
  • 04/12/2024 17h54
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ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Mão conta notas tiradas da carteira Desigualdade de renda se manifestou em todos os níveis de escolaridade

Em 2023, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a disparidade salarial entre trabalhadores brancos e negros no Brasil se manteve alarmante. Os dados mostram que o rendimento-hora dos brancos foi de R$ 23,02, o que representa uma diferença de 67,7% em relação aos trabalhadores pretos ou pardos, que receberam R$ 13,73. A desigualdade de renda se manifestou em todos os níveis de escolaridade. Para aqueles que não completaram o ensino fundamental, os brancos obtiveram um rendimento-hora de R$ 12,06, enquanto os negros ganharam apenas R$ 9,27. No caso de trabalhadores com ensino médio incompleto, os brancos recebiam R$ 12,84, em comparação com R$ 10,33 dos negros. Já entre os que completaram o ensino médio, os brancos tinham um rendimento de R$ 16,23, enquanto os negros recebiam R$ 12,22.

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A diferença salarial se acentuou ainda mais entre os trabalhadores com ensino superior completo. Os brancos alcançaram um rendimento-hora de R$ 40,24, superando em 43,2% os R$ 28,11 recebidos pelos negros. Em média, os trabalhadores brancos ganharam 69,9% a mais do que seus colegas negros, evidenciando uma desigualdade persistente no mercado de trabalho. Além da disparidade racial, a diferença de renda entre homens e mulheres também é significativa. Os homens apresentaram um rendimento-hora de R$ 18,81, 26,4% superior ao das mulheres, que ganharam R$ 16,70.

A maior discrepância entre os gêneros foi observada entre os trabalhadores com ensino superior, onde os homens recebiam R$ 42,60, enquanto as mulheres tinham um rendimento de R$ 30,03, resultando em uma diferença de 41,9%.Embora as desigualdades de rendimento por raça sejam mais acentuadas do que as diferenças salariais por sexo, houve uma leve redução dessas disparidades entre 2019 e 2023. Em 2023, 45,8% dos trabalhadores pretos ou pardos estavam em ocupações informais, em contraste com 34,3% dos trabalhadores brancos, o que indica uma maior vulnerabilidade econômica entre a população negra.

Publicado por Sarah Paula

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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