Ibovespa cai mais de 2,5% e demostra cautela entre investidores

  • Por Jovem Pan
  • 11/03/2020 11h33 - Atualizado em 11/03/2020 11h36
Nelson Antoine/Estadão Conteúdo Pessoa olhando para um telão da Bolsa de Valores com números e nomes escritos No Brasil, a expectativa dos investidores estava na reunião do presidente Jair Bolsonaro com a equipe econômica para tratar da crise

O Ibovespa caiu mais de 2,5% nesta quarta-feira (11), na faixa dos 89 mil pontos, depois da retomada de alta. O índice à vista fechou com ganhos de 7,14%, aos 92.214,47 pontos, no maior avanço desde dezembro de 2008. Contudo, a sinalização é que a B3 acompanhe a queda das bolsas externas, apesar do anúncio de medidas de estímulo mundo afora.

No mercado, o momento é de cautela. As expectativas cada vez mais frágeis de crescimento econômico no mundo e no Brasil reforça a cautela entre investidores, que ficam no aguardo de novas medidas de estímulo por bancos centrais mundiais para conter os impactos do coronavírus.

Depois do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), o Banco da Inglaterra também adotou medidas e surpreendeu, nesta quarta-feira (11), ao cortar os juros em meio ponto porcentual, para 0,25%, como resposta ao choque econômico provocado pelo surto da doença. Agora, esperam-se ações de outras instituições, como do próprio Fed, do Banco Central Europeu (BCE), além de medidas fiscais pelo governo norte-americano.

Expectativas

No Brasil, a expectativa dos investidores estava na reunião do presidente Jair Bolsonaro com a equipe econômica para tratar da crise.

Nesta quarta-feira, o Ministério da Economia informou redução em suas projeções para o PIB 2020, diminuindo a taxa de crescimento 2,4% para 2,1%. Enquanto isso, no levantamento Focus, a previsão é de expansão de 1,99%. Contudo, já há instituições prevendo 1,3%, como informou nesta quarta o UBS.

Para o IPCA, a Secretaria de Política Econômica estima 3,12%, menor que o visto no Focus (3,20%), ante projeção anterior de 3,62%.

Os investidores agora esperam por algum sinal quanto ao andamento das reformas, que são consideradas por muitos necessárias para estimular o investimento e, no mínimo, aliviar os impactos da crise atual. No campo corporativo, o investidor avaliará a notícia de que a Telefônica e a TIM decidiram negociar, em conjunto, a compra das operações móveis da Oi.

*Com informações do Estadão Conteúdo.

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