Ibovespa tem queda de 11,5% em junho, a pior em um mês desde março de 2020

Dólar tem alta de 10,03% no mesmo período, mas ainda acumula baixa no total do ano

  • 30/06/2022 18h57 - Atualizado em 30/06/2022 18h58
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REUTERS/Luisa Gonzalez Bolsa de valores Ibovespa tem acumulado baixas em 2022

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, teve uma queda de 1,08% nesta quinta, 30, e fechou o dia em 98.542 pontos. Com isso, a baixa total no mês foi de 11,5%, a pior desde os 29,9% de março de 2020, quando o Brasil foi duramente afetado pela pandemia de Covid-19. No ano, o índice cedeu 5,99%, apesar de ter tido bom desempenho até o fim de março. Mais uma vez, a situação foi causada pelo temor de uma recessão global com os aumentos nas taxas de juros e com a questão fiscal no Brasil, enquanto a chamada PEC Kamikaze, com custos de mais de R$ 40 bilhões destinados a benefícios sociais, tramita no Congresso – os gastos ficariam fora do teto de gastos. O Banco Central também admitiu nesta quinta que a inflação ficará acima do teto da meta prevista para o ano.

Por sua vez, o dólar teve alta de 0,77% no dia e terminou o pregão cotado a R$ 5,23. Em junho, a valorização da moeda americana frente ao real foi de 10,03%, a maior desde março de 2020, quando a subida foi de 15,93%. Ainda assim, no acumulado do ano, o dólar recuou 6,14% na comparação com a moeda brasileira. A valorização recente também é reflexo de questões internas do Brasil e outras do exterior: em meio a um cenário de possível crise e desaceleração, os investidores buscam ativos mais seguros e costumam levar dinheiro para fora do Brasil, um país emergente. A percepção de mais gastos do governo também ajuda a passar uma sensação de descontrole fiscal.

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