Ilan reforça a jornalistas estrangeiros importância de reformas no longo prazo
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, reforçou nesta terça-feira (15) durante entrevista a jornalistas de veículos estrangeiros, a importância das reformas para a economia brasileira no longo prazo. Ao mesmo tempo, quando questionado sobre o andamento das reformas no Congresso, afirmou que o BC não olha “mês a mês” ou as “mudanças na negociação”.
“Temos dito que, no longo prazo, é importante que as contas fiscais estejam em ordem”, afirmou Goldfajn em teleconferência, ao avaliar o impacto das reformas para a política monetária.
Questionado a respeito da Taxa de Longo Prazo (TLP), que foi criada pela medida provisória 777, Goldfajn evitou abordar diretamente as dificuldades de tramitação no Congresso. No entanto, salientou a importância da nova taxa no longo prazo.
Juros
Goldfajn reafirmou ainda, na entrevista, uma ideia contida nas comunicações mais recentes do BC: a de que a manutenção do atual ritmo de cortes da Selic (a taxa básica de juros) depende da permanência das atuais condições na economia.
Atividade
Ao abordar a atividade econômica, ele destacou a recuperação mais recente. “Depois de dois anos de recessão, no ano passado e no ano anterior, dados recentes confirmam que a economia se estabilizou e vemos perspectiva de recuperação gradual na economia”, pontuou Goldfajn, citando sinais recentes.
Entre eles, os dados do PIB no primeiro trimestre e o bom desempenho do setor agrícola. “Os números industriais também mostram estabilização e em alguns momentos recuperação”, disse. Goldfajn citou ainda o setor externo, que “já se recuperou”, com crescimento de exportações e importações.
“O que vimos no segundo trimestre foi uma gradual recuperação. Vimos crescimento dos números de emprego”, acrescentou. “Em julho, por exemplo, vimos criação de 36 mil postos de trabalho. Foi o quarto mês seguido de criação de vagas”.
Varejo
O presidente do BC também destacou os números positivos do varejo divulgados nesta terça pelo IBGE, com crescimento de 2,5% nas vendas no segundo trimestre do ano, ante o mesmo período de 2016. “Os sinais mostram que estamos em uma recuperação gradual. De todo modo, claro, precisamos continuar observando, continuar olhando para frente, nos próximos meses.”
Goldfajn avaliou ainda que o cenário externo está “normal” para os ativos brasileiros e destacou que a queda da inflação, vista no último ano, “continua até agora, até julho”. “As projeções para inflação neste ano e no próximo estão próximas do nosso alvo”, disse.
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