Indicador Antecedente de Emprego avança 2,3 pontos em outubro, diz FGV
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 2,3 pontos em outubro ante setembro, para 102,9 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o indicador cresceu 1,5 ponto em outubro, o que sinaliza uma dinâmica favorável do mercado de trabalho para os próximos meses
“A recuperação gradual da economia e as perspectivas de um maior crescimento em 2018 sugerem que a geração de emprego deverá ser mais forte no próximo ano. O IAEmp reflete este sentimento por parte de empresários que esperam melhora nas condições dos negócios nos próximos seis meses e dos consumidores que também esperam uma melhora no mercado de trabalho no período”, avaliou o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 0,5 ponto na passagem de setembro para outubro, para 97,1 pontos, a segunda redução consecutiva. Em médias móveis trimestrais, porém, a queda foi de apenas 0,1 ponto.
“A relativa estabilidade do ICD desde abril reflete a ainda difícil situação atual do mercado de trabalho. Observa-se uma melhora na margem de suas condições com a maior geração de vagas de trabalho, formais e informais, ao mesmo tempo em que se observa que o desemprego continua elevado”, completou Barbosa Filho.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho. Já o IAEmp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.
No IAEmp, quatro dos sete componentes tiveram melhora em outubro, com destaque para os que medem o otimismo com a situação dos negócios atual (alta de 11,9 pontos), da Sondagem da Indústria, e o de situação dos negócios nos seis meses seguintes (avanço de 4,6 pontos), da Sondagem de Serviços.
No ICD, as famílias que mais contribuíram para a queda do indicador foram as duas extremas: consumidores com renda familiar até R$ 2.100,00 mensais e aqueles que ganham mais que R$ 9.600,00 por mês.
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