Índice de produção da CNI sobe para 55,2 pontos em março
A atividade nas fábricas brasileiras cresceu de fevereiro para março, de acordo com sondagem publicada nesta segunda-feira (23) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice que mede a produção do setor chegou a 55,2 pontos no mês passado, uma alta de 8,7 pontos em relação ao mês anterior (46,5 pontos).
Em março, o índice ficou 2,1 pontos acima da média histórica para o mês. “É usual o crescimento do indicador na passagem de fevereiro para março, por conta do fim do carnaval e da reativação da atividade. O índice de março de 2018, contudo, mostra que o crescimento da atividade entre fevereiro e março foi mais intenso que o usual este ano”, avaliou a CNI no documento.
Com a indústria produzindo mais, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) do setor também aumentou em março, para 66%, ante 64% em fevereiro. Ainda assim, apontou a CNI, a UCI de março ficou 2,5 pontos porcentuais abaixo da média registrada para o mês.
O índice que mede a utilização da capacidade efetiva em relação ao usual aumentou 1,1 ponto e chegou a 43,9 pontos no mês passado. O índice ainda está distante da linha divisória dos 50 pontos que marca a utilização do parque industrial usual para o mês, mas ainda assim foi o melhor resultado mensal desde fevereiro de 2014, quando o indicador estava em 44,7 pontos.
A sondagem também mostra que nível de estoques na indústria ficou acima do planejado em março pelas empresas, com o indicador em 50,6 pontos. “Os estoques, que vinham ajustados, apontaram algum excesso”, avaliou o documento.
Já o índice de evolução do número de empregados na indústria ficou estável em 49,6 pontos, muito próximo da linha divisória dos 50 pontos, sinalizando nem alta nem queda significativa nos postos de trabalho do setor em relação a fevereiro. “É o segundo mês seguido de estabilidade após longa sequência de quedas do emprego”, destacou a CNI.
Por outro lado, os índices de satisfação com a situação financeira e o lucro operacional pioraram no primeiro trimestre do ano, após sete trimestres consecutivos de melhora. O primeiro caiu 1,3 ponto para 46,0 pontos, e o segundo recuou 1,5 ponto para 41,3 pontos. “Apesar da queda, os indicadores estão acima dos valores observados no primeiro trimestre dos últimos três anos”, ponderou a entidade.
Já o índice de acesso ao crédito voltou a melhorar no trimestre, passando de 37,3 pontos para 37,6 pontos. Mas, mesmo crescendo pelo sétimo trimestre consecutivo, o indicador evoluiu apenas 8,6 pontos nesse período e ainda está muito distante da linha divisória dos 50 pontos, a partir da qual os empresários estariam satisfeitos com as condições de obterem financiamentos.
Por fim, após três meses de melhora, as expectativas do setor se reduziram em abril. O índice de demanda passou de 59 pontos para 58,4 pontos; o de compra de matéria-prima recuou de 56,7 pontos para 56,0 pontos; e o de emprego caiu de 51,4 pontos para 50,8 pontos. Já a intenção de investimentos se retraiu pelo segundo mês seguindo, de 53,3 pontos para 52,9 pontos em abril.
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