‘Inflação do aluguel’ recua 2% em junho e acumulado dos últimos 12 meses retrai 7%

Resultado foi impulsionado pela queda dos preços dos combustíveis na refinaria; esta é a terceira queda consecutiva do índice, que acumula baixa de 4,46% no ano

  • 29/06/2023 09h14
Pixabay/Pexels aluguel em manhattan No âmbito do consumidor, principais contribuições partiram dos preços da gasolina e dos automóveis novos 

Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) apresentou retração de 1,93% no mês de junho e fechou o acumulado dos últimos doze meses em queda de 6,86%. O levantamento foi divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 29. Esta é a terceira queda consecutiva do índice, que acumula baixa de 4,46% no ano. De acordo com os analistas, a deflação foi impulsionada pela queda dos preços dos combustíveis na refinaria. “A inflação ao produtor registrou nova deflação, agora impulsionada pela queda dos preços dos combustíveis na refinaria. O preço do Diesel encolheu 13,82%, enquanto a preço da gasolina caiu 11,69%. Afora tal contribuição, os preços de importantes commodities agropecuárias seguem em queda, como: milho (-14,85%) e bovinos (-6,55%). No âmbito do consumidor, índice que registrou queda de 0,25%, as principais contribuições partiram dos preços da gasolina (-3,00%) e dos automóveis novos (-3,76%). Na construção civil, o índice avançou 0,85% dada a influência dos preços da mão de obra, que registrou alta de 1,81%. Já a variação de materiais, equipamentos e serviços registrou queda de 0,09%”, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços.

Já o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 2,73% em junho, um pequeno avanço em relação a maio, quando a baixa foi de 2,72%. O resultado foi puxado pela baixa do valor dos combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -1,27% para -10,56%. A taxa do grupo Bens Intermediário também registrou nova queda, passando de -1,49% em maio para -2,88% em junho. Combustíveis e lubrificantes para a produção foram o principal item de impacto, cujo percentual passou de -6,09% para -11,44%. O grupo de Matérias-Primas Brutas caiu 4,10% em junho, após registrar -6,48% em maio. Contribuíram para a suavização da queda do grupo os seguintes itens: minério de ferro (-13,26% para -2,21%), soja em grão (-9,40% para -4,32%) e milho em grão (-15,64% para -14,85%). Em sentido oposto, destacam-se os seguintes itens: leite in natura (3,92% para -4,51%), bovinos (-3,34% para -6,55%) e café em grão (-1,81% para -5,49%). Em contrapartida, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 0,85% em junho. No mês anterior, o percentual foi de 0,40% em maio. As maiores variações foram em Materiais e Equipamentos (-0,06% para -0,15%), Serviços (0,64% para 0,18%) e Mão de Obra (0,75% para 1,81%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) teve um desempenho mais modesto caindo 0,25% em junho. Sete das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Transportes, cuja taxa de variação passou de 0,50% para -1,68%.Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Alimentação (0,79% para -0,33%), Saúde e Cuidados Pessoais (1,22% para 0,41%), Habitação (0,75% para 0,41%), Comunicação (0,91% para 0,14%), Despesas Diversas (0,75% para 0,32%) e Vestuário (0,58% para 0,42%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: hortaliças e legumes (6,32% para -1,56%), medicamentos em geral (2,01% para 0,40%), gás de bujão (1,61% para -2,71%), tarifa de telefone móvel (2,59% para 0,20%), jogo lotérico (8,66% para 3,30%) e roupas (0,65% para 0,39%). Apenas o grupo Educação, Leitura e Recreação (-2,32% para -0,55%) registrou acréscimo em sua taxa de variação. Esta classe de despesa foi influenciada pelo item passagem aérea, cuja taxa passou de -13,29% para -3,87%.

 

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