Inflação dos Estados Unidos desacelera e registra menor aumento anual em mais de dois anos

Índice de Preços ao Consumidor do país registrou alta de 0,2% em junho e aumento de 3% no acumulado dos últimos 12 meses

  • Por Jovem Pan
  • 12/07/2023 12h57
Paulo Guereta/Zimel Press/Estadão Conteúdo Notas de dólar sobrepostas e, no fundo, a base de um notebook Alta moderada foi resultado no aumento dos preços da gasolina e do aluguel e diminuição no valor dos veículos usados 

O Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos registrou alta de 0,2% em junho, segundo dados divulgados pelo Departamento do Trabalho nesta quarta-feira, 12. No acumulado dos últimos 12 meses, o valor avançou 3%, o menor aumento anual desde março de 2021. Em maio, o acumulado do último ano somava 4%. Segundo o órgão, a alta moderada foi resultado do aumento dos preços da gasolina e do aluguel, assim como a diminuição no valor dos veículos usados. O desempenho do índice indica que a desaceleração da inflação do país. Apesar disso, isso não deve influenciar a autoridade monetária dos EUA, o Federal Reserve, a cancelar a retomada da alta de juros na próxima reunião. No encontro de junho, o Fed decidiu manter o patamar entre 5% a 5,25% ao ano.

Os juros norte-americanos vinham de um logo período de altas, tendo sido elevados dez vezes consecutivas. Mesmo com a manutenção da taxa, ele ainda se encontra no maior patamar desde junho de 2006, quando foi de 5,25% ao ano. A autoridade monetária considerou que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica segue crescendo em ritmo modesto. “Manter o intervalo da meta estável nesta reunião permite ao Copom avaliar informações adicionais e suas implicações para a política monetária. Ao determinar a extensão do endurecimento adicional da política que pode ser apropriado para retornar a inflação a 2% ao longo do tempo, o Comitê levará em conta o aperto cumulativo da política monetária, os atrasos com os quais a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação e os fatores econômicos e financeiros”, defendeu a entidade.

 

 

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