IPCA-15 sobe 0,35% em junho, abaixo do esperado pelo mercado

Grupo de Alimentação e Bebidas teve a maior variação (0,98%); nos últimos 12 meses, a prévia da inflação acumulou uma alta de 4,06%, superior aos 3,70% do ano anterior

  • Por da Redação
  • 26/06/2024 13h23 - Atualizado em 26/06/2024 13h24
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DAVI CORRÊA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Batata inglesa em banca de Supermercado de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro Alimentação no domicílio subiu de 0,22% em maio para 1,13% em junho, com destaque para o aumento da batata inglesa (24,18%)

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), considerado a prévia da inflação, registrou uma alta de 0,39% em junho, uma ligeira desaceleração em relação aos 0,44% de maio e abaixo das projeções do mercado financeiro. No acumulado do trimestre, o índice ficou em 1,04%, abaixo dos 1,12% observados no mesmo período do ano anterior. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou uma alta de 4,06%, superior aos 3,70% dos 12 meses anteriores. Em junho de 2023, a taxa foi de apenas 0,04%. Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete apresentaram aumento em junho. O grupo de Alimentação e Bebidas teve a maior variação (0,98%) e impacto (0,21 ponto percentual) no índice do mês. Habitação (0,63% e 0,10 p.p.) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,57% e 0,08 p.p.) também se destacaram, influenciado pela alta nos planos de saúde. As outras variações oscilaram entre -0,23% para Transportes e 0,30% para Vestuário.

Todas as 11 áreas pesquisadas apresentaram alta em junho. Belo Horizonte teve a maior variação (0,68%), impulsionada pela alta da batata inglesa, leite longa vida, energia elétrica residencial e gasolina. Belém registrou a menor variação (0,16%), com queda nos preços das passagens aéreas e carnes. O IBGE baseia seu índice em famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos que residem nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

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Desempenho dos grupos de produtos e serviços em Junho:

  • Alimentação e Bebidas (0,98%): A alimentação no domicílio subiu de 0,22% em maio para 1,13% em junho, com destaque para o aumento da batata inglesa (24,18%), leite longa vida (8,84%), arroz (4,20%) e tomate (6,32%). Em contrapartida, feijão carioca (-4,69%), cebola (-2,52%) e frutas (-2,28%) tiveram queda. A alimentação fora do domicílio também aumentou, passando de 0,37% em maio para 0,59% em junho.
  • Habitação (0,63%): A alta foi influenciada pelos reajustes na taxa de água e esgoto, com aumentos significativos em São Paulo (6,94%), Brasília (9,85%) e Curitiba (2,95%). A energia elétrica residencial subiu 0,79%, com reajustes em várias cidades, enquanto o gás encanado teve uma pequena queda de 0,10%.
  • Saúde e Cuidados Pessoais (0,57%): O aumento nos preços dos planos de saúde (0,37%) foi devido a um reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
  • Transportes (-0,23%): Houve queda na passagem aérea (-9,87%) e nos preços dos combustíveis, com o etanol (-0,80%), gás veicular (-0,46%), óleo diesel (-0,42%) e gasolina (-0,13%) apresentando reduções.

Índices Regionais em Junho:

  • Belo Horizonte: 0,68%
  • Fortaleza: 0,48%
  • Curitiba: 0,43%
  • Porto Alegre: 0,41%
  • Rio de Janeiro: 0,38%
  • São Paulo: 0,38%
  • Goiânia: 0,33%
  • Recife: 0,31%
  • Salvador: 0,25%
  • Brasília: 0,24%
  • Belém: 0,16%

Publicada por Felipe Cerqueira

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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