Após dois meses de deflação, IPCA sobe 0,26% em junho

Aumento foi influenciado pela gasolina, que subiu 3,2%; apesar da recente pressão, índice acumula alta de apenas 0,1% neste ano

  • Por Jovem Pan
  • 10/07/2020 09h11 - Atualizado em 10/07/2020 12h19
Tânia Rêgo/Agência Brasil Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta no mês de junho. O maior impacto acontece na Alimentação e bebidas (0,38%)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,26% no mês de junho, no mesmo período de 2019, a taxa havia ficado em 0,01%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (10). O aumento acontece dois meses após quedas consecutivas na taxa, 0,38% observada em maio e de 0,31% em abril. Com o aumento, o índice acumula alta de 0,10% no ano, enquanto o acumulado em 12 meses é de 2,13%. A taxa de junho foi influenciada pelo aumento nos preços dos combustíveis após reduções nos últimos quatro meses, em especial da gasolina, que teve o maior impacto individual (0,14 ponto percentual), com alta de 3,24%.

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta no mês de junho. O maior impacto, de 0,08 ponto percentual, acontece na Alimentação e bebidas (0,38%), que acelerou em relação ao resultado de maio (0,24%). A segunda maior contribuição veio dos Transportes, em que os preços subiram 0,31% após a queda de 1,90% em maio.

Outros destaques positivos ficam para os grupos de Artigos de residência (1,30%), com a maior variação positiva no índice do mês, e a Saúde e cuidados pessoais (0,35%). Em contrapartida, entre os setores com maiores quedas registradas está Vestuário, com recuo de 0,46% em junho após também apresentar queda no mês anterior (-0,58%).

Alimentação

Os dados do IBGE mostram ainda que importantes itens que compõe o consumo alimentar das famílias registraram variações positiva, ou seja, aumentos. O grupo de Alimentação e bebidas, em geral, apresentou elevação de 0,38%. Entre os alimentos de consumo do domicílio as maiores altas estão, por exemplo, nos preços das carnes (1,19%),  leite longa vida (2,33%), arroz (2,74%), feijão-carioca (4,96%) e no queijo (2,48%). Quanto às quedas nos grupos alimentares, os destaques foram o tomate (-15,04%) e a cenoura (-8,88%).

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