Jean Paul Prates rebate críticas à política de preços da Petrobras após lucro despencar

Arrecadação da estatal registrou queda de 25% em relação ao primeiro trimestre de 2023 e de 47% inferior ao observado no segundo trimestre de 2022

  • Por Jovem Pan
  • 05/08/2023 12h08
ANDRÉ RIBEIRO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Jean Paul Prates, presidente da Petrobras,, durante Seminário Gás Brasileiro Segundo Prates, atribuir perda de arrecadação à nova política comercial é uma linha de racicínio desconexa

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, garantiu nesta sexta-feira, 4, que a nova política comercial de preços da companhia não afetou o lucro da empresa no segundo trimestre deste ano. A empresa arrecadou R$ 28,8 bilhões, o que representa uma queda de 25% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Também é um valor 47% inferior ao observado no mesmo período de 2022. “Esses excelentes resultados do refino foram obtidos com mais eficiência e menos emissões de gases de efeito estufa. Em junho, por exemplo, foi registrada a melhor marca de intensidade emissão de gases de efeito estufa desde 2019. O mercado vem reconhecendo a solidez financeira e operacional sempre da Petrobras. Recentemente, a agência de classificação de risco Fitch elevou nossa nota de crédito, acompanhando a do Brasil. Isso mostra que a Petrobras está sendo percebida cada vez mais como um investimento seguro e rentável”, defendeu Jean Paul Prates

Ele ainda citou o cenário internacional para explicar a perda no lucro da estatal. Segundo ele, não há qualquer conexão com a nova política comercial da companhia. Prates lembrou que houve queda no preço do barril de petróleo do tipo Brent e também das margens internacionais, especialmente do diesel. Isso atingiu todas as petroleiras mundo afora. Ele destacou que, em termos de fluxo de caixa operacional, enquanto as empresas globais tiveram uma queda média de US$ 5,6 bilhões, a Petrobras teve um recuo médio de US$ 4,9 bilhões. O presidente garantiu que a companhia não está sendo leniente em sua nova política de preços de derivados de petróleo. “Eu vi várias pessoas já tentando atribuir esse resultado à política de preço. Absolutamente desconexa essa linha de raciocínio. Nos tivemos uma queda brutal do Brent quando comparamos com o primeiro trimestre. Nós estávamos com petróleo muito alto e com margens de diesel também extremamente expressivos . Estamos agora em outra situação”, completou.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

 

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