Juros futuros batem máxima na esteira do dólar, após IGP-DI e Focus

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/10/2017 10h38
Fotos Públicas Dólar sobe após autoridade monetária dos EUA reafirmar compromisso com juros baixos As estimativas para Selic em 2017 e 2018 foram mantidas em 7%

Os juros futuros bateram máximas na manhã desta segunda-feira, 9, paralelamente ao fortalecimento do dólar ante o real e após uma aceleração do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de setembro e a pesquisa Focus do Banco Central. Os juros futuros se ajustam ainda ao avanço dos juros dos Treasuries, após terem fechado na sexta-feira em queda.

Um feriado bancário nos Estados Unidos nesta segunda, apesar dos mercados operarem por lá, pode contribuir para estreitar a liquidez nos negócios.

Na Focus, sob influência dos dados de inflação de setembro, os economistas do mercado financeiro elevaram suas projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano de 2,95% para 2,98%. A projeção para o índice de 2018, por sua vez, caiu de 4,06% para 4,02%.

As estimativas para Selic em 2017 e 2018 foram mantidas em 7%. Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 em 0,70%. Para 2018, o mercado elevou a previsão de alta do PIB, de 2,38% para 2,43%

O IGP-DI, por sua vez, registrou alta de 0,62% em setembro, ante um aumento de 0,24% em agosto. O resultado ficou acima da mediana do intervalo das estimativas do mercado financeiro, calculada em 0,51%, e perto do teto das previsões, que iam de alta de 0,44% a 0,65%, na pesquisa Projeções Broadcast. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma redução de 2,03% no ano e uma queda de 1,04% em 12 meses.

Às 9h46, o DI para janeiro de 2019 estava a 7,37%, na máxima, de 7,35% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2020 a 8,28%, na máxima, de 8,23% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2021 a 8,98% na máxima, de 8,92% no ajuste anterior. Paralelamente, no câmbio, o dólar à vista registrava máxima aos R$ 3,1726 (+0,49%), enquanto o dólar futuro de novembro ganhava 0,55%, aos R$ 3,1830, também na máxima.

Nesta semana, haverá feriado ainda no Brasil na quinta-feira e as atenções nos próximos dias estarão nas vendas do varejo doméstico de agosto e na ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), ambos na quarta-feira, além das reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) no fim de semana, com a presença do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

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