Juros futuros têm viés de alta com produção, Treasuries e leilão no radar

  • Por Estadão Conteúdo
  • 01/02/2018 10h29
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Fotos Públicas Entidades de defesa do consumidor se dizem preocupadas com as mudanças no cadastro positivo, mas o comércio comemora. Na semana passada, o texto-base do projeto que muda as regras foi aprovado pela Câmara. O cadastro positivo é um banco de dados que existe desde 2011 e relaciona os clientes que são considerados bons pagadores. Até então, o consumidor precisava pedir pra ter o nome incluído, mas agora, todos que estiverem com as contas em dia entram na lista automaticamente. Quem não quiser, terá que entrar em contato com as instituições financeiras e solicitar a exclusão. Segundo Paulo Miguel, diretor-executivo da Fundação Procon de São Paulo, não há garantias de que os dados do consumidor estarão protegidos. O deputado Walter Ioshi, que foi o relator do projeto na Câmara, rebate e garante que não haverá violações. A aprovação do novo cadastro positivo agradou as empresas de crédito e os varejistas. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, diz que é uma vitória do consumidor que mantém as contas em dia. Apesar da aprovação, os destaques do texto ainda serão apreciados pelo plenário da Câmara nesta semana. Depois, o texto segue para uma nova análise do Senado, de onde veio a matéria original. A produção industrial subiu 2,8% em dezembro de 2017 ante novembro, na série com ajuste sazonal

Os juros futuros oscilam com viés de alta, limitada pela volatilidade do dólar ante o real, que retomou a queda na manhã desta quinta-feira, 1º de fevereiro, após abertura com sinal positivo. O avanço dos juros dos Treasuries, o resultado melhor da produção industrial em dezembro e em 2017 e a expectativa com o leilão de títulos do Tesouro nesta quinta ampararam leves ganhos das taxas, segundo um operador de renda fixa.

A produção industrial subiu 2,8% em dezembro de 2017 ante novembro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio perto do teto do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam expansão de 0,5% a 3%, com mediana positiva de 1,85%. Em relação a dezembro de 2016, a produção cresceu 4,3% em dezembro de 2017. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de um aumento de 1,1% a 5,7%, com mediana positiva de 3,3%. No ano de 2017, a indústria teve alta de 2,5%, ligeiramente acima da mediana das projeções, calculada em 2,40%. As previsões iam de avanço de 2,2% a 3,2%.

No câmbio, o dólar se enfraqueceu em meio a vendas de exportadores e interesses técnicos.

Na sexta, vencem US$ 3 bilhões em linha de dólares e o Banco Central não disse se rolará ou não esse compromisso.

O gerente de mesa de derivativos de uma gestora de recursos disse que “o dólar tentou subir, mas caiu de novo e, pouco antes do fechamento deste texto, buscava um nível preço à espera de notícia forte, como definição sobre a rolagem ou não do vencimento de linha de US$ 3 bilhões amanhã”.

Tecnicamente, segundo a fonte, o enfraquecimento do dólar interessa a quem obteve empréstimo de linha com o Banco Central e precisaria comprar a moeda nesta quinta para devolver à instituição, caso não haja anúncio de leilão de rolagem. “Se tiver que devolver, compraria o dólar mais baixo”, afirma. A princípio, a moeda americana se fortaleceu ante o real com ajuda de seus pares principais e da maioria das divisas emergentes e ligadas às commodities no exterior.

Às 10 horas, o DI para janeiro de 2019 estava em 6,81%, de 6,805% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2020 marcava 8,02%, de 8,00%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 exibia 8,83%, de 8,82% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 estava em 9,50%, de 9,51% de quarta.

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