Juros recuam com dólar após produção industrial, mas cautela limita ajustes

  • Por Estadão Conteúdo
  • 03/04/2018 09h57
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Fotos Públicas Em relação a fevereiro de 2017, a produção aumentou 2,8% - número também mais fraco que a mediana das projeções (+3,9%)
Os juros futuros operam com viés negativo na manhã desta terça-feira, 3, acompanhando a queda do dólar e após a produção industrial brasileira ter subido 0,2% em fevereiro ante janeiro, na série com ajuste sazonal, ficando abaixo da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, de +0,55%. O resultado, no entanto, ficou dentro do intervalo das previsões, que iam de uma queda de 0,40% a uma expansão de 1,00%.

Em relação a fevereiro de 2017, a produção aumentou 2,8% – número também mais fraco que a mediana das projeções (+3,9%). Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de um aumento de 2,50% a 6,00%. No ano até fevereiro, a indústria teve alta de 4,3%. No acumulado em 12 meses, a produção da indústria acumulou avanço de 3,0%.

Segundo um operador de renda fixa, o recuo é limitado pela expectativa com o julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF) e pela coleta do IPCA mostrando preços de alimentação mais forte.

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse pela manhã em evento na capital paulista que a economia está se recuperando de forma consistente, mas de forma gradual. Segundo ele, com a conjuntura atual e nossas projeções, há expectativa de inflação na meta até 2020. Ele disse, ainda, que espera que o projeto do cadastro positivo seja votado entre esta terça e quarta-feira e que Brasil precisa continuar ajustes e reformas para manter inflação e juros baixos.

Às 9h30, o DI para janeiro de 2019 marcava 6,220%, na mínima, de 6,224% no ajuste de segunda-feira, 2. O DI para janeiro de 2020 estava em 7,05%, de 7,07%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 exibia 7,99%, de 8,03% no ajuste da véspera. Já o DI para janeiro de 2023 indicava 8,98%, de 9,00% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista caía 0,22%, aos R$ 3,3079. O dólar futuro para maio recuava 0,09% neste mesmo horário, aos R$ 3,3150.

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