Mansueto diz que governo está se esforçando para ter base política no Congresso
O secretário do Tesouro Nacional afirmou que o movimento do governo pode ajudar na aprovação das reformas
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou nesta sexta-feira (3) que o governo está pela primeira vez fazendo um esforço para construir uma base política no Congresso, dando os primeiros passos nessa direção.
“Com a habilidade política para construir entendimentos no Congresso, podemos ter boas surpresas à frente na agenda de reformas”, afirmou, em videoconferência organizada pelo Itaú BBA. O futuro secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, também participa da reunião virtual.
Mais uma vez, Mansueto pediu consenso político para a aprovação de reformas como a tributária que, segundo ele, aumentarão a capacidade de crescimento da economia brasileira pós-pandemia. De acordo com o secretário, o ministro da Economia, Paulo Guedes, deve mandar a proposta do Executivo para ser acoplada à reforma tributária que tramita no parlamento no começo de agosto
Ele citou o sucesso da aprovação da reforma da Previdência no ano passado e disse confiar na capacidade do Congresso Nacional em aprovar novas medidas estruturais. “As pessoas tinham medo da autonomia do Banco Central e hoje não têm mais. As coisas mudam”, afirmou.
Mansueto repetiu que o orçamento de 2021 – que o governo precisa enviar ao Congresso em agosto – não terá espaço para aumento do investimento público no próximo ano.
“As pessoas esperam que o governo faça muitas coisas para impulsionar o crescimento econômico, mas não temos muito espaço fiscal. Parte do Congresso espera um papel mais forte do Executivo, mas o governo federal não pode ser o principal ator para alavancar os investimentos”, afirmou. “O investimento público nos últimos anos não aumentou o potencial de crescimento da economia”, completou.
Mansueto avaliou que a aprovação do novo marco regulatório do saneamento é uma das medidas que retira a pressão para que os governos aumentem os investimentos em um contexto de piora fiscal causada pela pandemia de Covid-19 em 2020.
*Com Estadão Conteúdo
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