Mansueto: Governo não tem força para puxar investimento via recurso público

  • Por Jovem Pan
  • 23/04/2020 17h00 - Atualizado em 24/04/2020 07h51
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Daniel Resende/Futura Press/Estadao Conteúdo Mansueto Almeida é o atual secretário do Tesouro Nacional

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, avaliou nesta quinta-feira (23) ser necessário aumentar muito o investimento na retomada da economia após a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, mas enfatizou que o governo não tem a capacidade de liderar esse movimento.

“O governo não tem força para puxar investimento via recurso público, falta espaço fiscal. Mas, quando sairmos da crise, cabe a nós mostrar aos investidores privados que teremos estabilidade de regras para recebermos esses investimentos”, afirmou, em teleconferência organizada pelo Lide Ceará. “Precisamos aprovar as reformas e a agenda de privatizações para dar aos investidores privados a segurança para investirem no Brasil”, completou.

Sem a participação de equipe econômica, a Casa Civil lançou na quarta-feira no Palácio do Planalto um Plano Pró Brasil para aumentar os investimentos públicos em infraestrutura no pós-crise.

Mansueto negou desacordo entre as alas políticas e econômica do governo e argumentou que houve um ruído de comunicação em torno do lançamento do Plano Pró-Brasil. “Levei um susto com notícias sobre um ‘Plano Marshall’ brasileiro, porque o Plano Marshall foi usado para reconstruir a Europa e não precisamos reconstruir País algum. O que existe, e eu vejo isso de forma positiva, é a coordenação de ações de combate à crise na Casa Civil. Não há briga política nenhuma dentro do governo”, alegou.

Apesar do sinalizado pela Casa Civil na quarta, para o secretário do Tesouro, o Plano Pró-Brasil não trará um crescimento grande do investimento público. “Todo o governo sabe que precisaremos de investimento privado para retomar investimentos, enquanto o setor público entra propondo as medidas. O passado nos ensina que o Estado como grande investidor não funcionou”, completou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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