Medo do desemprego aumenta e satisfação com a vida cai, aponta CNI

Segundo a CNI, os indicadores antecipam o que vai ocorrer com o consumo das famílias, já que pessoas menos satisfeitas com a vida e com medo de perder o emprego tendem a reduzir o consumo

  • Por Jovem Pan
  • 03/07/2019 11h46
Agência Reuters REUTERS/Paulo Whitaker - 24/03/2016 Por meio de nota, a CNI afirmou que 'para reverter essa situação, é preciso, fundamentalmente, que o Brasil volte a criar empregos'

O medo do desemprego aumentou 2,3 pontos entre abril e junho deste ano e chegou a 59,3 pontos, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Já a satisfação com a vida diminuiu 0,5 ponto no mesmo período e se encontra em 67,4 pontos.

De acordo com o levantamento, divulgado nesta quarta-feira (3), pessoas com mais de 45 anos e aquelas com grau de instrução mais baixo (que possuem no máximo ensino fundamental completo), demonstraram mais medo do desemprego.

Os dados mostram ainda que o medo do desemprego é maior no Nordeste, onde o índice alcançou 66 pontos em junho. Já a região Sul apresenta o menor índice, 47,9 pontos, abaixo da média nacional.

O medo de do desemprego aumenta desde dezembro, mas, apesar do resultado negativo, os indicadores estão melhores do que o registrado no ano passado. Na comparação com 2018, o medo do desemprego está 8,6 pontos mais baixo (era de 67,9 pontos em junho do ano passado).

Já em relação à satisfação com a vida, o indciador em junho foi maior no grupo de pessoas com ensino superior, as mais qualificadas entre os estratos de escolaridade, cujo indicador caiu 2,8 pontos.

Na comparação com o ano passado, a satisfação com a vida se encontra 2,6 pontos mais alta — era de 64,8 em 2018.

Segundo a CNI, o acompanhamento dos índices de satisfação com a vida e de medo do desemprego antecipa o que vai ocorrer com o consumo das famílias. Pessoas menos satisfeitas com a vida e com medo de perder o emprego tendem a reduzir o consumo, o que aumenta as dificuldades de recuperação da economia.

Por meio de nota, a confederação afirmou que “para reverter essa situação, é preciso, fundamentalmente, que o Brasil volte a criar empregos”.

A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios entre os dias 20 e 23 de junho.

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