Meirelles: Brasil volta ao normal com políticas econômica e monetária críveis

  • Por Estadão Conteúdo
  • 24/10/2017 15h13
EFE/FERNANDO BIZERRA JR EFE/FERNANDO BIZERRA JR Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, destaca que o indicador que leva em conta o mercado cambial, o risco país e taxas de juros é um sinalizador das condições financeiras do Brasil do ponto de vista de curto prazo

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o Brasil está voltando ao normal em razão da execução de política econômica e monetária críveis. Meirelles participa de encontro com empresários franceses e brasileiros promovido pela Câmara de Comércio França-Brasil (CCIFB-SP). Durante o evento, o ministro apresentou dados de inflação, taxa de juros e desemprego.

Ao comentar o índice de situação financeira, o ministro destacou que o indicador que leva em conta o mercado cambial, o risco país e taxas de juros é um sinalizador das condições financeiras do Brasil do ponto de vista de curto prazo. O ministro afirmou que o indicador mostra um retorno à normalidade e considerou que o Brasil vive um momento de recuperação da confiança

Ainda sobre o índice de situação financeira, Meirelles acredita que houve uma leve piora durante dez dias no mês de maio, período que correspondeu ao início do noticiário sobre a delação de executivos da JBS. Meirelles considerou que a retomada do indicador após esse breve período é uma questão interessante a respeito do “famoso descolamento da economia e a política”.

Reforma da Previdência

No evento, Meirelles disse que a votação da reforma da Previdência será na segunda quinzena de novembro. Sobre a reforma da Previdência, Meirelles afirmou que o debate é “difícil, complicado”. Ele reforçou a importância da reforma, no entanto, ao comparar os gastos com a Previdência como porcentual do PIB no Brasil e em outros países do mundo com maior porcentual de idosos, como o Japão. “O Brasil tem uma população mais jovem e um gasto como porcentual do PIB superior, isso mostra que a situação não é sustentável”, declarou.

Meirelles destacou ainda o déficit da Previdência, que ele descreveu como “muito grande e crescente”. “O déficit da Previdência cresce (a um patamar) equivalente a 10% do PIB e isso é absolutamente insustentável”, concluiu.

O ministro ainda fez comentários sobre a reforma trabalhista. Ele destacou a aprovação das novas regras e considerou que o “ritmo de aprovação tem sido muito forte, quase inédito na história do Brasil”.

Alavancagem das empresas 

Meirelles disse que a alavancagem das empresas brasileiras diminuiu e está estabilizada num nível “historicamente sustentável”.

O ministro considerou que essa redução de alavancagem é uma razão que explica que a retomada da economia não tenha se consolidado já no último trimestre do ano passado. “Estava havendo um processo de consolidação das dívidas, as empresas estavam se preparando para crescer”, comentou Meirelles.

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