Meirelles: “Vamos deixar de ter crescimento de pato para ter de águia”
Meirelles disse que o aumento dos investimentos e do consumo das famílias é forte, previu 2,5 milhões de novos empregos em 2018, ressaltou a queda histórica da inflação e aproveitou que está no Rio Grande do Sul para destacar que o crescimento no Estado tem sido maior do que a média histórica. “Isso tem acontecido após uma intensa agenda de reformas”, disse ele. Ele citou as 15 medidas econômicas consideradas prioritárias pelo governo federal para serem aprovadas e enfatizou que a privatização da Eletrobras é fundamental. “Estamos criando um crescimento de longa duração”, disse.
Segundo Meirelles, o aumento dos investimentos e do consumo, no passado, foi de pouca duração por causa da injeção de crédito dos bancos públicos, o que não ocorre agora. Num aceno ao governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (MDB), presente na palestra, o ministro disse que o governo está trabalhando para o Estado ser aceito no programa de recuperação fiscal do Tesouro Nacional. Até agora, apenas o Rio de Janeiro conseguiu entrar no programa, que suspende o pagamento da dívida com a União e viabiliza empréstimos ao governo estadual.
Em tom de campanha, a presidente da Federasul (entidade que congrega várias representações empresariais do Rio Grande do Sul), Simone Leite, chegou a dizer que os protestos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula em Bagé mostram “reação” da sociedade. “É uma grata satisfação, nesta semana histórica onde a classe produtiva reage, num exemplo que iniciou em Bagé e começa a se alastrar por todo o País”, disse a dirigente.
Ela elogiou Sartori e disse que o Estado sofreu muito os efeitos da má gestão política e do “populismo irresponsável num passado recente”.
Meirelles, na palestra, preferiu falar tratar apenas de temas econômicos e evitou temas políticos diretamente, apesar de ter criticado as políticas econômicas do governo do PT.
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