Ministro de Minas e Energia afirma que ‘monitora’ as variações do petróleo

Bento Albuquerque disse ainda que, no momento, não há nenhum medida emergencial a ser adotada

  • Por Jovem Pan
  • 09/03/2020 15h02 - Atualizado em 09/03/2020 15h12
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em Miami

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que está em viagem aos Estados Unidos com o presidente Jair Bolsonaro, informou nesta segunda-feira (9) que o governo “monitora” as variações dos combustíveis.

“O governo monitora, não apenas o governo do Brasil, mas governos de todo o mundo. E nós, no Brasil, já estamos estudando instrumentos que poderão ser aplicados em casos de variações abruptas do barril do petróleo”, disse. Ele conversou com jornalistas no hotel Hilton, em Miami, após participar de um seminário.

De acordo com o ministro, esses estudos estão em desenvolvimento há cerca de seis meses, e os instrumentos poderão ser usados “no futuro, mas não no caso particular do que está acontecendo hoje”.

Mais cedo, a Petrobras informou que perdeu mais de R$ 67 bilhões durante pânico na Bolsa. Empresas aéreas e frigoríficos também estão entre as ações de maiores baixas.

Para o ministro, a manhã atípica na Bolsa deve ser tratada com o Ministério da Economia. “Neste caso particular é o Ministério da Economia que vai conduzir”, disse, ressaltando que Bolsonaro está “tranquilo” e não pretende fazer nenhuma “interferência de preço”.

Albuquerque afirmou ainda que, no momento, “não há nenhum medida emergencial que será adotada pelo Executivo”.

Nota do ministério

Também nesta segunda, a pasta informou em nota que o “Brasil já passou por outros choques nos preços de petróleo e superou sem sobressaltos na economia”.

“O Governo segue trabalhando nessa direção respeitando as premissas de liberdade de preços, de livre negociação entre os agentes econômicos e mantendo a responsabilidade fiscal em todas as esferas de federação”, diz a nota.

Sobre os investimentos na cadeia do petróleo, o Ministério de Minas e Energia afirma que “variações de curto prazo no preço do barril de petróleo não alteram as tomadas de decisão. Apenas se o preço, de fato, estabelecer-se em novo patamar é que os investimentos poderão ser reavaliados. Portanto, o momento é de monitoramento”.

*Com informações de Rodrigo Constantino

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