Monitor do PIB aponta alta de 0,3% no 1º trimestre ante 4º tri de 2017, diz FGV
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avançou 0,3% no primeiro trimestre ante os três últimos meses de 2017, estima o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB. Em relação ao primeiro trimestre de 2017, a alta foi de 0,9%. Isoladamente em março, o PIB teve desempenho negativo, com queda de 0,5% em relação a fevereiro e recuo de 0,4% ante março de 2017.
O Monitor do PIB da FGV antecipa a tendência do principal indicador da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.
Para a FGV, o desempenho da economia teve resultados divergentes no primeiro trimestre. “Enquanto a economia apresentou crescimento de 0,3%, na taxa trimestral ajustada sazonalmente, com tendência de alta, a taxa trimestral interanual da atividade econômica cresceu 0,9% com trajetória de queda”, diz a nota divulgada há pouco pela entidade.
A FGV destacou que o crescimento reduziu de ritmo. “A economia continua apresentando crescimento no primeiro trimestre de 2018, invertendo a trajetória declinante observada até o quarto trimestre de 2017, de acordo com a série com ajuste sazonal. Por sua vez, na comparação interanual, o crescimento do primeiro trimestre é menor do que o crescimento dos trimestres anteriores”, diz a nota.
Nas comparações do primeiro trimestre de 2018 com igual período do ano passado, o destaque positivo foi o crescimento das atividades da indústria de transformação (4,6%) e do comércio (4,8%). No sentido oposto, a atividade agropecuária retraiu 5,2% após ter apresentado taxas de crescimento altas durante o ano de 2017.
Pela ótica da demanda, o consumo das famílias apresentou crescimento de 1,5% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o primeiro trimestre de 2017. A formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 3,7% na mesma base de comparação. “Mesmo com o alto crescimento do componente de máquinas e equipamentos (15,3%), a FBCF voltou a ter trajetória descendente devido, principalmente, ao componente de construção que retraiu 2,4%”, diz a nota da FGV. A entidade estimou que a taxa de investimento (FBCF/PIB), a preços constantes, foi de 17,7% no primeiro trimestre de 2018.
No setor externo, a exportação apresentou retração de 4,4% no primeiro trimestre, na comparação interanual, enquanto a importação retraiu 0,4% no primeiro trimestre. “O componente de extrativa mineral é o principal responsável pela retração da importação (-19,4%), impulsionado pela queda da importação de petróleo e derivados”, diz a nota da FGV.
Em termos monetários, o PIB em valores correntes alcançou R$ 1,674 trilhão no primeiro trimestre.
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