Bares do Reino Unido tendem a ficar sem a cerveja Guinness
Fabricante atribui a escassez a um aumento significativo na demanda; em alguns estabelecimentos, clientes são obrigados a comprar duas outras bebidas antes de poderem pedir a marca irlandesa
Os pubs britânicos, conhecidos por sua atmosfera acolhedora e variedade de bebidas, estão enfrentando um desafio inesperado: a escassez da cerveja Guinness. Esta bebida, famosa por sua cor escura e textura cremosa, é um verdadeiro símbolo dos bares no Reino Unido e tem uma forte ligação com eventos esportivos, especialmente o rúgbi. A fabricante da Guinness, a Diageo, atribui a escassez a um aumento significativo na demanda, que se intensifica com a aproximação do Natal. Este aumento de consumo é notável entre as mulheres, com um crescimento de 24%, resultado de uma estratégia comercial que visa atrair novos consumidores. Além disso, a geração Z também tem mostrado interesse, influenciada por personalidades digitais como Kim Kardashian, que recentemente compartilhou uma foto com a bebida no Instagram.
Para enfrentar a escassez, alguns pubs em Londres adotaram medidas de racionamento. Em certos estabelecimentos, os clientes são obrigados a comprar duas outras bebidas antes de poderem pedir uma Guinness. Esta estratégia visa controlar a distribuição em meio à alta demanda e garantir que todos possam desfrutar da cerveja. De acordo com a empresa de pesquisas de mercado CGA, as vendas de Guinness no Reino Unido aumentaram 21% entre julho e outubro, mesmo com a queda geral no mercado de cervejas. Um porta-voz da Diageo afirmou que a empresa está trabalhando ativamente para gerenciar a distribuição de forma eficiente e atender à demanda crescente.
A situação tem gerado preocupação entre os consumidores, levando a um fenômeno de compras por pânico, conforme relatado pelo jornal “The Times”. O escritor Howard Thomas, de 79 anos, fez um apelo para que os jovens reduzam o consumo da bebida, sugerindo que deixem a Guinness para os mais velhos, que tradicionalmente apreciam a cerveja há décadas.
*Com informações de Bruno Meyer
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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