Em novo dia de alta, dólar vai a R$ 4,18
O impacto da assinatura da primeira fase do acordo comercial entre Estados Unidos e China teve impacto praticamente nulo no Brasil. A moeda americana terminou o dia com ganho de 1,30%
O dólar teve novo dia de alta, com o real descolado do comportamento de outras moedas emergentes. Indicadores mais fracos que o esperado da atividade econômica brasileira, segundo traders de câmbio, são o principal motivo para a valorização do dólar este ano no Brasil, pois aumentaram as preocupações com o crescimento da economia em 2020.
As vendas no varejo de novembro, divulgadas nesta quarta-feira (15), vieram piores que o previsto e, com isso, o dólar passou o dia todo em alta, com impacto praticamente nulo no Brasil diante assinatura da primeira fase do acordo comercial entre Estados Unidos e China. A moeda americana terminou com ganho de 1,30%, a R$ 4,1843, a maior cotação desde 5 de dezembro.
O real não só teve nesta quarta o pior desempenho ante a divisa dos Estados Unidos em uma cesta de 34 moedas internacionais, como também é a moeda com pior desempenho este ano no mercado internacional. O dólar já acumula alta de 4,3% em 2020 no Brasil. O peso chileno tem o segundo pior desempenho este ano, e lá a moeda americana avança 3%. Na África do Sul, a terceira da lista, o dólar sobe 2,7%.
Apesar do desempenho ruim do real este ano, o banco americano Citi manteve a aposta “overweight” no real, com posição comprada na moeda brasileira, ou seja, na expectativa de valorização. Os estrategistas do banco justificam a estratégia por causa da expectativa de aceleração do PIB este ano e ainda a perspectiva de volume importante de aberturas de capital (IPO, na sigla em inglês), que deve trazer recursos externos para o país.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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