Otimismo com o futuro atinge 60% dos brasileiros, aponta pesquisa
O otimismo dos brasileiros cresceu e atinge a maior parte da população pela primeira vez desde 2015. É o que mostra uma pesquisa realizada pela ACREFI (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento) com a Kantar TNS, divulgada nesta quinta-feira (22).
Cerca de 60% da sociedade é otimista em relação ao futuro. Em abril deste ano, apenas 29% dos entrevistados pensavam desta maneira. Estão preocupados com o que virá 30%, resignados 5% e pessimistas 5%.
O levantamento ouviu 1.000 pessoas em todas as regiões do Brasil. As entrevistas foram realizadas entre os dias 29 de outubro e 5 de novembro — após, portanto, o segundo turno das eleições.
Em relação ao crescimento do país, 66% responderam que “vai melhorar”, ao passo que 24% disseram ue vai ficar igual; e 10%, que vai piorar. Em abril, 43% avaliaram que o crescimento seria igual; 31% que melhoraria; e 26% que iria piorar.
Os entrevistados também têm uma percepção mais otimista sobre a concessão de crédito: 51% acham que será melhor; 30% que vai permanecer igual; e 19% que vai piorar.
Segundo Valkiria Garré, CEO da Kantar TNS Brasil, o otimismo é importante para a economia. “Uma expectativa alta signifca que eu vou repensar os gastos da minha casa, da minha família, de forma mais positiva e, talvez, fazer a economia girar de uma forma melhor”, disse.
Prioridades
segurança pública e oferta de emprego são as áreas que os entrevistados julgam que devem ser prioritárias para o novo presidente. Cerca de 17% dos entrevistados escolheram a primeira e 16%, a segunda.
Sobre a oferta de emprego; embora 53% dos entrevistados ainda estejam atentos ou preocupados com seus postos de trabalho, 69% responderam que o desemprego não vai aumentar nos próximos meses. Por outro lado, 31% acham que o indicador vai subir.
Questionadas sobre a propensão de fazerem um financiamento, 57% das pessoas ouvidas pelo levantamento responderam que não pretendem entrar em dívidas, enquanto 43% responderam que sim. Esse último resultado subiu em relação a abril deste ano, quando 28% responderam que fariam finaciamento, ao passo que 72% disseram que não fariam.
“O brasileiro é muito consciente com relação a gastos, mas existe um crescimento moderado da intenção de gastar mais. No entanto, ele tem plena consciência de que precisa economizar”, avalia Garré.
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