Parente: política de preços da Petrobras não será alterada
O Governo vai pagar até R$ 0,30 por litro do diesel para que oscilações das cotações internacionais não cheguem ao consumidor Além disso, vai reduzir impostos para garantir ganho de mais R$ 0,16 por litro na bomba. Falta, no entanto, regulamentar as mudanças, que seguirão uma metodologia ainda a ser definida. O texto, que deverá ser publicado na forma de medida provisória ou decreto, poderá sair nesta terça-feira, 29, ou na quarta, 30. A intenção é que a nova metodologia de reajustes, que pode trazer uma fórmula paramétrica, “respeite os conceitos básicos da atual política de preços”.
Parente insistiu, durante a teleconferência com analistas realizada nesta terça-feira, que o conceito econômico da política de preços em vigor não será alterado, ou seja, a empresa continuará revendo os seus preços de acordo com as variações das cotações no mercado internacional e do câmbio. “O governo entende a relevância de manter a equação da política de preços”, afirmou.
Segundo Parente, a operação nas refinarias foi afetada pela crise, mas a empresa conseguiu administrar a atividade, atuando também na área logística. “Estamos trabalhando estoques, logística, a programação de produção e parcerias. Consequências em relação à operação tiveram. Mas tomamos as medidas cabíveis”, afirmou.
Pagamento pelo governo
A Petrobras terá liberdade para aplicar o reajuste derivado das condições de mercado, independentemente da periodicidade, explicou Parente.
“Independentemente da periodicidade, a prerrogativa é de reajustes necessários. Esperamos poder passar por isso sem maiores consequências à operação da empresa”, disse o executivo. “O importante é manter as margens de lucro na operação.”
No entanto, ele lembrou que a empresa não tem poder de fixar os preços do petróleo e o câmbio. “Discutimos em Brasília o que é relevante na política de preços”, ressaltou.
Ele explicou que é possível que a empresa tenha nova fórmula de reajuste. Conforme explicação da companhia, foi definido junto ao governo que a periodicidade dos reajustes de preços passará de diária para mensal.
Ao ser questionado por analista como se dará o pagamento pelo governo – conforme explicaram gestores e analistas ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o ponto causa receio no mercado desde a semana passada -, Parente disse que o objetivo é de pagamento pelo governo no menor espaço de tempo possível, ainda dentro do próprio mês.
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