Patrocinadoras desistem de expor suas marcas na Copa América

Mastercard e Ambev optaram por não vincular seus nomes ao torneio da Conmebol

  • Por Jovem Pan
  • 09/06/2021 16h04 - Atualizado em 09/06/2021 16h47
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Reprodução/Fernando Frazão/Agência Brasil Brasil aceitou sediar o evento após as desistências da Colômbio e da Argentina Brasil aceitou sediar o evento após as desistências da Colômbia e da Argentina

Ao menos duas empresas desistiram de vincular as suas marcas à Copa América, que será disputada no Brasil a partir deste domingo, 13. A rede de cartões Mastercard e o conglomerado de bebidas Ambev anunciaram que não terão seus nomes expostos nas ações de publicidade no evento organizado pela Conmebol. “Após análise criteriosa, decidimos por não ativar nosso patrocínio à Copa América no Brasil”, afirmou a Mastercard em nota. A decisão, no entanto, não significa um rompimento com a Confederação Sul-Americana de Futebol, mas sim a desativação das ações da Copa América no Brasil. A Ambev seguiu na mesma linha e decidiu não associar o seu nome ao campeonato de seleções. “Ambev informa que suas marcas não estarão presentes na Copa América. A companhia segue com seu compromisso e apoio ao futebol brasileiro”, afirmou o grupo por meio da assessoria. O Brasil aceitou abrigar o campeonato na última semana após a desistência da Colômbia, por problemas políticos, e da Argentina, que vive o agravamento da pandemia do novo coronavírus.

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), protocolou nesta segunda-feira, 7, pedidos de apuração de possíveis violações em direitos humanos que envolvam a realização da Copa América no Brasil. O procurador federal da pasta, Carlos Alberto Vilhena, indicou que o MPF apure os atos praticados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Conmebol, empresas patrocinadoras do evento (Mastercard, Ambev, Latam, Semp TCL, Diageo, Kwai, Betsson e TeamViewer), e governos Estadual e municipal. Ofícios foram encaminhados aos procuradores regionais do PRDC nos estados de Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo. O Estado de São Paulo é o único que não será sede do torneio, mas a investigação será voltada para os canais de televisão que tem os direitos de transmissão da Copa América como o SBT e a Disney (canais ESPN e Fox Sports) e para as empresas patrocinadoras (Kwai e Betfair).

A realização da Copa América também será pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), que marcou uma sessão virtual extraordinária para a análise de duas ações, movidas pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, pedindo a suspensão do campeonato no país. O julgamento foi marcado pelo presidente da Corte, Luiz Fux, a pedido da ministra Cármen Lúcia, relatora do pedido do PSB. Em seu despacho, a magistrada destacou a “urgência e relevância do caso e da necessidade de sua célere conclusão”.

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