Preço do petróleo tem alta após ataque dos EUA contra o Irã

  • Por Jovem Pan
  • 03/01/2020 19h45
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Geraldo Falcão/Fotos Públicas Preço do petróleo teve alta nesta sexta-feira (3)

O preço do petróleo teve alta nesta sexta-feira (3) puxada pelo ataque dos Estados Unidos contra o líder militar iraniano Qassem Soleimani, nesta quinta-feira (2), no Iraque.

O preço do barril de petróleo Brent para entrega em março fechou o dia em forte alta de 3,54%, cotado a US$ 68,60. O petróleo do Mar do Norte, de referência na Europa, terminou o pregão no International Exchange Futures (ICE) US$ 2,35 acima do preço de fechamento da sessão de ontem.

Já o Petróleo Intermediário do Texas (WTI) fechou em alta de 3,1%, cotado a US$ 61,18 o barril. Ao final das operações da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos futuros do WTI para entrega em fevereiro subiram US$ 1,87 em relação ao valor do pregão de ontem.

As cotações barril do Texas começaram o dia em alta de 3,6%, chegaram a ultrapassar a casa dos US$ 64 ao longo do pregão, nível não visto desde abril do ano passado, mas recuaram até os 3,1% na hora do fechamento.

A alta foi provocada pelos temores de um confronto no Oriente Médio após a morte de Soleimani, comandante da Força Qurds, a tropa de elite da Guarda Revolucionária do Irã. O general era o militar mais importante do país.

O Pentágono anunciou que o presidente dos EUA, Donald Trump, ordenou a ação contra Soleimani porque o general iraniano planejava novos ataques contra funcionários americanos no Iraque e em outros países da região. Depois do ataque, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu que o país se vingará da morte de Soleimani.

O analista-chefe de riscos políticos da S&P Global Platts, Paul Sheldon, disse em nota ao mercado que espera que o Irã responda ao ataque, mas ressaltou que as chances de um conflito direto entre os dois países são menores que 50%.

A resposta do Irã, para Sheldon, deve ter como alvos aliados e ativos dos Estados Unidos na região. Outra hipótese é a ocorrência de “incidentes focados nos fluxos de petróleo no Golfo Pérsico” e “ataques a infraestruturas”.

*Com EFE

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