Petróleo passa de US$ 120 com entraves na distribuição e ameaças de novas sanções à Rússia
Temor de desabastecimento global ganhou fôlego após anúncio de acidente em oleoduto entre o Cazaquistão e o território russo
![Barris de petróleo em pátio da Vermilion Energy, na França.](https://jpimg.com.br/uploads/2022/03/2022-03-22t220701z_1_lynxnpei2l19n_rtroptp_4_ukraine-crisis-global-oil_easy-resize.com_.jpg)
A cotação do barril de petróleo voltou ao patamar de US$ 120 nesta quarta-feira, 23, em meio aos entraves na distribuição em um oleoduto na Rússia e às novas ameaças de sanções ao governo de Vladimir Putin pelos Estados Unidos e aliados da Europa. Por volta das 16h30, preço do barril do tipo Brent, usado como referência na maior parte do globo e pela Petrobras, acumulava alta de 5,3%, negociado a US$ 121,64, na maior cotação desde 8 de março, quando fechou a US$ 127,98. Já o barril do tipo WTI, base do mercado dos Estados Unidos, registrava alta de 5%, a US$ 114,77. A valorização das commodities atrai investidores estrangeiros para a Bolsa brasileira, predominantemente dominada por empresas ligadas à exploração energética e de minérios.
O novo ciclo de valorização da commodity ocorre após a Rússia anunciar a interrupção do fluxo no oleoduto de Caspian Pipeline Consortium (CPC), entre o território russo e o Cazaquistão, após uma tempestade atingir a região. Segundo autoridades, o quadro pode tirar de circulação até 1 milhão de barris por dia — o equivalente a 1% de toda a produção global. O anúncio deu mais força para o temor de desabastecimento após ameaças de novas sanções do Ocidente aos russos. O presidente dos EUA, Joe Biden, participa de uma série de encontros nos próximos dias com líderes europeus, em Bruxelas. Segundo o governo norte-americano, o grupo deve anunciar novas sanções à Rússia em resposta ao agravamento dos conflitos na Ucrânia. Os EUA já anunciaram embargo total ao petróleo produzido por Moscou, e no início desta semana autoridades europeias afirmaram que estudam tomar medida semelhante.
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