PIB dos Estados Unidos cai 0,9% no segundo trimestre, e país entra em recessão técnica

Economia norte-americana já havia contraído no primeiro trimestre; investimentos, mercado imobiliários e gastos governamentais registram queda

  • Por Jovem Pan
  • 28/07/2022 12h15 - Atualizado em 28/07/2022 13h17
REUTERS/Dado Ruvic cédulas de dólar Estados Unidos tem subido juros para lidar com crise inflacionária, o que desacelera a economia

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos caiu 0,9% no segundo trimestre, informou nesta quinta, 28, o Escritório de Análises Econômicas (BEA, em inglês), órgão do Departamento do Comércio. Este foi o segundo trimestre seguido de baixa na atividade econômica, o que leva o país a ser considerado como em recessão técnica – no primeiro de 2022, a economia do país teve uma queda de 1,6% na comparação anual. De acordo com o Departamento de Comércio, a contração do PIB reflete a queda nos investimentos das empresas e nas compras de casas pelas famílias. Da mesma forma, o governo federal, os Estados e as administrações locais contiveram suas despesas. O consumo se manteve graças aos gastos no setor de serviços que, no entanto, teve que aumentar seus preços devido à inflação. As exportações e os gastos de famílias cresceram e evitaram uma queda maior do PIB.

No quarto trimestre de 2021, a economia dos EUA cresceu a um ritmo robusto de 6,9%, ainda sob efeito dos estímulos criados para lidar com os efeitos econômicos da pandemia. Agora, o país tem que lidar com a inflação alta, que levou a uma mudança de política monetária – o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) tem subido os juros para conter a alta de preços, o que gera uma desaceleração na produção de bens e serviços. Embora o Fed busque uma “aterrissagem suave”, que prejudique o PIB o menos possível, a instituição pode seguir tendo que aumentar os juros, embora em ritmo menor do que as altas de 0,75 ponto percentual adotadas em junho e julho. O presidente do Fed, Jerome Powell, citou outros dados, como o mercado de trabalho ainda aquecido, para afirmar que os Estados Unidos não estão em recessão.

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