Presidente da BR diz que empresa não participará de concorrências por refinarias

  • Por Jovem Pan
  • 08/05/2019 20h03
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Antonio Cruz/Agência Brasil Antonio Cruz/Agência Brasil O executivo avaliou que a venda das refinarias foram feitas por um critério de retorno de investimentos

O presidente da Petrobras BR Distribuidora, Castello Branco, afirmou que a companhia não participará de nenhum processo de compra de refinarias. “Não faz sentido. Seria uma operação como se dizia no passado de Zé com Zé. A Petrobras tem como objetivo vender 100% das refinarias listadas”. Segundo ele, ainda não foi definido o modelo de venda da participação da Petrobras na BR.

O executivo avaliou que a venda das refinarias foram feitas por um critério de retorno de investimentos. “Somos dono natural, alguém que consegue extrair o maior retorno possível nas operações de exploração e produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas. Já fomos em águas rasas e em campos terrestres, mas estamos vendendo 70% desses campos para quem pode fazer melhor do que nós e está disposto a pagar um preço maior”, indicou.

De acordo com ele, o mercado recebeu positivamente o balanço do primeiro trimestre de 2019, mesmo que os lucros tenham caído 42%, porque ele “confia na capacidade da companhia em fazer crescer a produção de petróleo”. Para Castello Branco, a entrada em operação de sete plataformas nos últimos 11 meses, recorde no setor em termos mundiais, reforçou a confiança na empresa.

Além disso, os investidores avaliaram, conforme o presidente, a realocação de recursos feita pela companhia e a redução de custos e de endividamento. “Acredito que essas sejam as motivações do mercado”, apontou durante coletiva na sede da Petrobras nesta quarta-feira (8).

Segundo ele, a diretoria espera entregar o que está previsto no planejamento da empresa. Castello Branco reconheceu, no entanto, que a realização dos investimentos no primeiro trimestre de 2019 não correspondeu à previsão inicial. Para o ano, o valor aproximado é de US$ 16 bilhões e passados três meses ficou em US$ 2 bilhões.

“Acho que pode ter algo de errado com este número. Ou superestimamos ou houve algum problema de realização dos investimentos, então, a diretoria vai analisar e se for preciso vamos corrigir. Não queremos prometer uma coisa e não entregar. Estamos muito confiantes em mudar a história”, destacou.

De acordo com ele, o foco da companhia é buscar as áreas de melhor desempenho e empregar os recursos no que for necessário para garantir os resultados de crescimento. Ele desmentiu que esteja sendo feito um desmonte na empresa. “Isso é um chavão. Não, a Petrobras está fazendo a gestão de portfólio. Estamos desinvestindo de ativos que não achamos tão interessante e estamos investindo em ativos que achamos muito interessantes. Temos um programa para investir, no mínimo, US$ 84 bilhões de dólares ao longo dos próximos cinco anos”, apontou.

Produção

O diretor executivo de Exploração e Produção, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, disse que com a entrada em funcionamento de sete plataformas nos últimos 11 meses é possível notar o crescimento da produção.

No primeiro trimestre, a empresa registrou 2,5 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), que passou para 2,6 milhões em abril e 2,7 milhões em maio. “Isso é importante, temos uma meta de produção para cumprir. Este ano vamos entregar 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia”, afirmou.

Castello Branco adiantou que a divulgação da produção de petróleo e gás não será mais feita mensalmente. A companhia vai esperar o fechamento do trimestre para tornar público os números. “Ela será feita em bases trimestrais e não mais mensalmente. Primeiro porque dados mensais costumam apresentar grande volatilidade, e segundo porque é um padrão global”, pontuou.

* Com informações da Agência Brasil

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