Previsão de déficit do Governo Central cai para R$ 157,413 bi, mostra Prisma

  • Por Estadão Conteúdo
  • 16/11/2017 10h48
Fotos Públicas Entidades de defesa do consumidor se dizem preocupadas com as mudanças no cadastro positivo, mas o comércio comemora. Na semana passada, o texto-base do projeto que muda as regras foi aprovado pela Câmara. O cadastro positivo é um banco de dados que existe desde 2011 e relaciona os clientes que são considerados bons pagadores. Até então, o consumidor precisava pedir pra ter o nome incluído, mas agora, todos que estiverem com as contas em dia entram na lista automaticamente. Quem não quiser, terá que entrar em contato com as instituições financeiras e solicitar a exclusão. Segundo Paulo Miguel, diretor-executivo da Fundação Procon de São Paulo, não há garantias de que os dados do consumidor estarão protegidos. O deputado Walter Ioshi, que foi o relator do projeto na Câmara, rebate e garante que não haverá violações. A aprovação do novo cadastro positivo agradou as empresas de crédito e os varejistas. O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, diz que é uma vitória do consumidor que mantém as contas em dia. Apesar da aprovação, os destaques do texto ainda serão apreciados pelo plenário da Câmara nesta semana. Depois, o texto segue para uma nova análise do Senado, de onde veio a matéria original. Já para 2018, os analistas projetaram um déficit de R$ 156,406 bilhões

Os analistas de mercado ouvidos pelo Ministério da Fazenda continuam prevendo que o governo entregará um déficit primário neste ano menor que a meta fiscal negativa de R$ 159 bilhões. De acordo com o boletim Prisma Fiscal de novembro, divulgado nesta quinta-feira, 16, pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da pasta, a mediana das previsões passou de um rombo de R$ 158,430 bilhões para um déficit de R$ 157,413 bilhões.

Já para 2018, os analistas projetaram um déficit de R$ 156,406 bilhões, mantendo uma certa folga para a meta que também é de R$ 159 bilhões no negativo. No boletim de outubro, as previsões indicavam o saldo negativo de R$ 155,613 bilhões para o próximo ano.

O Prisma deste mês revisou para cima as previsões do mercado para a arrecadação das receitas federais em 2017, com a estimativa retornando de R$ 1,335 trilhão para R$ 1,337 trilhão. Para 2018 a projeção para a arrecadação voltou a subir, de R$ 1,448 trilhão para R$ 1,450 trilhão.

A estimativa para a receita líquida do Governo Central neste ano passou de R$ 1,140 trilhão para R$ 1,141 trilhão, enquanto para o próximo ano recuou de R$ 1,215 trilhão para R$ 1,213 trilhão.

Já pelo lado do gasto, a projeção de despesas totais do Governo Central este ano caiu de R$ 1,296 trilhão para R$ 1,295 trilhão. Para 2018, a estimativa diminuiu de R$ 1,366 trilhão para R$ 1,365 trilhão.

A mediana das projeções dos analistas do Prisma para a Dívida Bruta do Governo Geral ao fim de 2017 passou de 75,44% do PIB para 75,11% do PIB. Para 2018, a estimativa que estava em 77,80% do PIB em outubro caiu para 77,00% do PIB no relatório desta quinta.

Curto Prazo

O Prisma também atualizou as projeções fiscais para este e os próximos dois meses. Para novembro, a estimativa de déficit primário passou de R$ 19,815 bilhões para R$ 19,429 bilhões.

Para dezembro, a previsão de saldo negativo piorou de R$ 28,072 bilhões para R$ 29,425 bilhão. Para janeiro do próximo ano, a projeção de superávit primário passou de R$ 17,960 bilhões para R$ 17,053 bilhões.

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