Produção industrial cai 1,8% em janeiro ante dezembro, diz Ipea

  • Por Estadão Conteúdo
  • 22/02/2018 12h39
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Pedro Revillion/ Palácio Piratini Pedro Revillion/ Palácio Piratini A produção de aço, por exemplo, encolheu 2,7% na passagem de dezembro de 2017 para janeiro, conforme o Instituto Aço Brasil (IABr)
A produção industrial, conforme medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), deverá registrar queda de 1,8% em janeiro, na comparação com dezembro. A projeção foi apontada pelo Indicador Ipea de Produção Industrial de janeiro, calculado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), informou nesta quinta-feira, 22, o Grupo de Conjuntura do órgão.

Para calcular o Indicador Ipea de Produção Industrial, os pesquisadores usam dados coincidentes, como produção de aço e importação de bens intermediários. Segundo o Grupo de Conjuntura, houve queda generalizada nos indicadores coincidentes em janeiro.

A produção de aço, por exemplo, encolheu 2,7% na passagem de dezembro de 2017 para janeiro, conforme o Instituto Aço Brasil (IABr). A quantidade importada de bens intermediários caiu 1,4%, segundo a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). Já a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontou recuo de 2,3% na produção da indústria automobilística, na mesma base de comparação.

Na contramão, lembraram os pesquisadores do Ipea, as vendas de papel e papelão subiram 1,6%, de acordo com os dados da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO).

A projeção de queda na série com ajuste sazonal não interrompe o momento de recuperação da atividade industrial neste início de ano, segundo o Ipea, em parte porque compensa a forte alta de 2,8% em dezembro ante novembro. Com isso, mesmo com a baixa em janeiro, o trimestre móvel encerrado mês passado registra alta de 2,1% no Indicador Ipea de Produção Industrial.

Além disso, o índice apontou alta de 5,4% em relação a janeiro de 2017. Na comparação com os níveis registrados no início do ano passado, todos os indicadores coincidentes estão no terreno positivo.

O único a apontar queda tem correlação invertida com as projeções de produção industrial: o indicador de estoques, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que caiu 10,2% ante janeiro de 2017. “Vale destacar que, nesse caso, o recuo de 10,2% é indício de aquecimento da atividade industrial”, diz o texto publicado nesta quinta no blog da Carta de Conjuntura do Ipea.

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