Produção industrial cresce 0,2% em dezembro e fecha 2018 com alta de 1,1%
A produção industrial teve alta de 0,2% em dezembro na comparação com novembro, quando houve um recuo de 0,1%, segundo Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta sexta-feira (1°) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O setor fechou o ano de 2018 com alta de 1,1%, acumulados ao longo dos 12 meses.
O resultado foi puxado por duas das quatro grandes categorias econômicas e onze dos 26 ramos pesquisados, de acordo com o IBGE. Entre as atividades, a influência positiva mais relevante foi em produtos alimentícios (1,5%). Também se destacaram os resultados positivos em indústrias extrativas (1,3%), bebidas (2,9%), produtos diversos (6,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,6%).
Dos quinze ramos em queda, o pior desempenho foi em veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,1%). Outros impactos negativos foram: máquinas e equipamentos (-2,5%), outros produtos químicos (-1,3%), metalurgia (-1,3%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-6,2%), celulose, papel e produtos de papel (-1,8%), produtos de borracha e de material plástico (-1,6%), produtos do fumo (-11,6%) e móveis (-4,7%).
Entre as grandes categorias econômicas, bens intermediários (0,7%) mostrou o avanço mais acentuado. O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (0,2%) também registrou taxa positiva nesse mês.
Por outro lado, os setores de bens de capital (-5,7%) e de bens de consumo duráveis (-2,1%) recuaram em dezembro, apontando o segundo mês seguido de queda na produção e acumulando nesse período recuos de 9,9% e 5,8%, respectivamente.
Resultado em 2018
Apesar da alta de 1,1% no ano passado, o ritmo de crescimento é menor do que o verificado em 2017, quando o setor cresceu 2,5%. Naquele ano, a alta interrompeu três anos seguidos de taxas negativas: 2014 (-3,0%), 2015 (-8,3%) e 2016 (-6,4%).
Segundo o IBGE, 13 dos 26 ramos industriais pesquisados registraram queda em 2018. Entre as atividades em queda, as maiores contribuições negativas para o resultado da indústria no ano foram de produtos alimentícios (-5,1%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,3%) e de couro, artigos para viagem e calçados (-2,3%).
Já as maiores influências positivas do ano vieram do crescimento da produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (12,6%), metalurgia (4,0%), celulose, papel e produtos de papel (4,9%), indústrias extrativas (1,3%), máquinas e equipamentos (3,4%), e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (6,1%).
Entre as grandes categorias econômicas, destaque para bens de consumo duráveis (7,6%) e bens de capital (7,4%), impulsionadas, em grande parte, pela ampliação na fabricação de automóveis (10,8%) e eletrodomésticos da “linha marrom” (4,4%), na primeira; e de bens de capital para equipamentos de transporte (13,8%) e para construção (25,2%), na segunda.
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